Nesta quarta-feira (6), a moeda norte-americana subiu 0,60%, vendida a R$ 5,4217 – maior patamar de fechamento desde 27 de janeiro (R$ 5,4228).
O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (6), chegando a bater R$ 5,46, acompanhando movimento internacional de fuga para a segurança em meio aos temores de uma recessão global.
A moeda norte-americana subiu 0,60%, vendida a R$ 5,4217. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,4624. Veja mais cotações. É o maior patamar de fechamento desde 27 de janeiro (R$ 5,4228).
Na terça-feira, o dólar avançou 1,21%, a R$ 5,3893 No acumulado do mês, já subiu 3,61%. No ano, ainda tem desvalorização de 2,75% frente ao real.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
O que está mexendo com os mercados?
O nervosismo de investidores sobre a atividade global ganhou força desde que o banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, endureceu sua postura de política monetária e subiu os juros no ritmo mais acentuado em quase 30 anos no mês passado, em 0,75 ponto percentual, buscando esfriar a economia de forma a controlar a inflação mais alta em décadas.
Nesta quarta, os investidores repercutiram a ata da última reunião do Fed. No documento, as autoridades do BC dos EUA afirmaram que convergiram para uma grande alta de juros em meio a preocupação com cenário inflacionário. Eles também sinalizaram um aumento de 0,50 ou 0,75 ponto percentual na reunião de política monetária do fim deste mês.
Na cena doméstica, o foco segue na tramitação da PEC (proposta de emenda à Constituição) que libera R$ 41 bilhões em gastos a pouco mais de três meses das eleições. Apelidada de “PEC Kamikaze”, ela reacendeu temores fiscais e de uma pressão ainda maior nos juros e inflação.
Com a atual tramitação de medidas de ampliação e criação de benefícios sociais no Congresso, que devem gerar despesas fora do teto, ressurgem as preocupações com a saúde das contas públicas, já que sinais de irresponsabilidade fiscal podem afastar investidores estrangeiros do Brasil.
Sinal da pior percepção sobre o cenário doméstico, um indicador do risco-país comumente acompanhado fechou a terça-feira numa nova máxima desde o final de maio de 2020, em mais de 298 pontos-base, depois te ter chegado a cair para perto de 200 pontos no início de abril deste ano.
Fonte:G1.globo.com/economia