De acordo com um conselheiro do Ministério do Interior da Ucrânia, as forças ucranianas interceptartam um míssil de longo alcance disparado pela Rússia na tarde desta quarta-feira (2). Até o momento, ainda não há a confirmação de qual seria o alvo original do ataque russo.
Os destroços da artilharia acabaram causando uma grande explosão em uma estação ferroviária em Kiev. A estação de trem estava sendo utilizada para receber mulheres e crianças que procuravam abrigo em meio ao conflito.
Segundo informações preliminares cedidas pelo prefeito de Kiev, não há registro de vítimas.
De acordo com o governo, as baterias antiaéreas das forças de interceptação de mísseis da Ucrânia realizaram o ataque defensivo no momento em que o projétil russo ainda estava em sua trajetória.
O ataque pode ter cortado o fornecimento de aquecimento para partes da capital ucraniana em meio a temperaturas congelantes no inverno, disse o assessor do Ministério do Interior, Anton Herashchenko, em uma publicação.
A empresa ferroviária estatal ucraniana Ukrzaliznytsya afirmou que o prédio da estação sofreu pequenos danos e os trens continuam operando.
Mais cedo, com apoio do Brasil, a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na tarde desta quarta-feira (2) uma resolução contra a invasão russa à Ucrânia. No sétimo dia da guerra, os russos prosseguem com os ataques em diversas cidades ucranianas.
A reunião foi convocada pelo Conselho de Segurança e feita de forma emergencial para discutir a situação no Leste Europeu. Para a aprovação, foi necessário maioria de 2/3 dos votantes. Foram 141 votos a favor, cinco contrários e 35 abstenções.
Em publicação nas redes sociais, o Kremlin afirmou que o presidente Vladimir Putin conversou com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, sobre a operação militar na Ucrânia.
Durante esta tarde, a Casa Branca anunciou novas sanções à Rússia e Belarus, incluindo medidas para dificultar o acesso dos países a mais material bélico e tecnologia. Os EUA e aliados também trabalham para identificar 22 entidades russas relacionadas ao setor de Defesa, que ajudam na operação contra a Ucrânia.
Além da votação na ONU, uma nova rodada de negociações entre os dois países foi confirmada para hoje, segundo um assessor do governo ucraniano. No começo da tarde (horário de Brasília), a delegação russa já havia chegado no ponto de encontro em Belarus, onde aguardaria os negociadores ucranianos.
A primeira conversa entre as delegações após o início dos ataques ocorreu na segunda-feira (28) e teve duração de cinco horas, mas terminou sem um avanço. Na terça-feira (1º), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia deve parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações possam ocorrer.
Ainda nesta quarta, porém, o departamento de polícia regional de Kharkiv e a Universidade Nacional de Kharkiv foram alvo de um ataque militar, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia e imagens geolocalizadas pela CNN. O conselho da cidade de Mariupol também disse que a cidade ao sul estava sob controle ucraniano, mas travada em batalhas com tropas russas.
O Ministério da Defesa russo também anunciou nesta quarta que as forças armadas tomaram a cidade de Kherson. Autoridades ucranianas rebateram e afirmaram que ainda estão no controle da região, que fica ao sul.
Na terça-feira (1º), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o fechamento do espaço aéreo americano para a Rússia – isolando ainda mais o país de Vladimir Putin.
Destaques das últimas 24 horas
- ONU aprova resolução contra invasão da Rússia na Ucrânia
- Rússia e Ucrânia terão 2ª rodada de negociações
- O total de refugiados que deixaram a Ucrânia desde o início da guerra é de quase 836 mil, diz ONU
- Mais de 2 mil ucranianos já morreram, diz serviço de emergência estatal; conselheira do país na ONU menciona 352 óbitos
- Ministério da Defesa russo diz que 498 soldados morreram, enquanto 1.597 estão feridos
- OMS informa que suprimentos médicos para Ucrânia chegam na quinta-feira (3)
- Em vídeo divulgado nesta quarta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que “a Rússia quer acabar com o nosso país e com a nossa história”
- O departamento de polícia regional de Kharkiv e a Universidade Nacional de Kharkiv foram alvo de um ataque militar nesta quarta
- Ministério da Defesa da Rússia afirmou que as forças armadas do país tomaram a cidade de Kherson, no sul da Ucrânia – autoridades ucranianas negam
- Na terça-feira (1º), Biden anunciou o fechamento do espaço aéreo americano para a Rússia e disse que Vladimir Putin está ainda mais isolado
- Nesta quarta-feira (2), os EUA anunciaram novas sanções à Rússia e Belarus, incluindo a limitação do acesso a materiais bélicos
- O Kremlin anunciou que Vladimir Putin conversou com o premiê israelense sobre a invasão
- Forte explosão foi reportada na capital ucraniana
Com informações da CNN Brasil