A pandemia da Covid-19 não deixou marcas apenas na saúde física da população, mas também na saúde mental. De acordo com estudos recentes, os índices de ansiedade dispararam no Brasil, tornando-se uma das principais queixas entre os brasileiros nos últimos anos. O isolamento social, as incertezas econômicas, o luto coletivo e a necessidade de adaptação rápida a novas rotinas contribuíram para o aumento dos casos de ansiedade, depressão e outros transtornos emocionais. Além disso, o uso intensificado das redes sociais durante o período agravou o cenário, ao expor as pessoas a um fluxo constante de informações, comparações e cobranças.
Segundo a psicóloga Teresa Lapaz, especialista em Psicologia Transpessoal e Integrativa, a ansiedade é um sinal de alerta do corpo e da mente frente a situações percebidas como ameaçadoras, mas que, quando se torna crônica, pode paralisar e adoecer.
– “Estamos vivendo em um ritmo acelerado, com excesso de estímulos e pressões internas e externas. A pandemia escancarou a nossa vulnerabilidade e as redes sociais potencializaram a sensação de inadequação, ao projetarem vidas perfeitas e inalcançáveis. Isso nos obrigou a olhar para dentro, muitas vezes de maneira dolorosa”, afirma Teresa.
A psicóloga destaca que desacelerar é um processo necessário para ressignificar a vida e reencontrar o equilíbrio.
– “Precisamos aprender a pausar, a estar presentes no momento. Práticas como a meditação, a respiração consciente, a conexão com a natureza e até o simples ato de se permitir o ócio são caminhos potentes para reduzir a ansiedade e recuperar o contato com nossa essência”, orienta.
Além de lidar com a ansiedade, Teresa também aborda a importância de superar bloqueios emocionais e traumas que, muitas vezes, foram intensificados ou revelados durante a pandemia e pelas dinâmicas das redes sociais.
– “A terapia é um espaço seguro para revisitar dores e reescrever histórias. Trabalhar esses conteúdos internos é essencial para romper padrões que nos limitam e abrir espaço para novas possibilidades”, explica.
Segundo a especialista, viver com autenticidade e propósito é um antídoto poderoso contra o adoecimento emocional.
– “Quando nos reconectamos com quem realmente somos e com o que dá sentido à nossa existência, fortalecemos nossa autoestima, nossa coragem e nossa capacidade de lidar com os desafios da vida”, conclui.
A mensagem que fica, segundo Teresa, é a de que o autocuidado vai além do físico: ele envolve mente, emoções e espírito. Com apoio, informação e práticas de autoconhecimento, é possível atravessar os desafios emocionais do nosso tempo e construir uma vida mais leve, autêntica e plena.
*Para conhecer mais a Psicoterapeuta Teresa Lapaz, acesse @academia_da_psique no Instagram