O gerente distrital da Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp), Alex Veronez, esteve na Tribuna da Câmara Municipal de Franca nesta terça-feira (27) para responder aos questionamentos dos vereadores sobre as providências que estão sendo tomadas pela empresa para evitar o desabastecimento de água em função da crise hídrica enfrentada em vários municípios e outros temas relacionados ao saneamento básico.
RETOMADA ATENDIMENTO PRESENCIAL
Alex iniciou sua fala trazendo uma boa notícia confirmando que o atendimento presencial dos consumidores já a partir da próxima segunda-feira, dia 2 de agosto.
Os serviços serão prestados com os cuidados necessários para controle e prevenção da Covid-19 e com capacidade reduzida.
RISCO DE RACIONAMENTO
Sobre a situação do abastecimento e as medidas que estão sendo tomadas, Veronez, esclareceu que a situação é grave. ‘Realmente é uma crise assustadora, há estudos que falam na pior crise dos últimos 50 anos, outros dizem 90 anos’.
De acordo com o gerente da Sabesp, houve uma queda de 40% nos índices de chuvas e só para se ter ideia da gravidade do problema, o Rio Canoas, que é a principal fonte de captação de água para abastecimento do município, que antes tinha produção de 1.850 litros por segundo caiu pela metade.
‘Eu não posso me omitir, a situação é séria. Existe um plano de mídia para pedir a população para que faça uso racional de água’ enfatizou Alex.
Como medidas emergenciais, ele destacou que foram instaladas duas novas captações. ‘Uma no Rio Canoas e a outra no Córrego dos Macacos no Jardim Luiza, e uma alternativa em Restinga no Aquífero Guarani. Mesmo assim não posso dizer que não terá racionamento’
Questionado pelos parlamentares, Veronez, ainda informou sobre as reuniões constantes para definição e planejamento de plano de racionamento. E acrescentou ‘se a gente ficar mais um mês sem chuva, podemos ter racionamento. E estamos planejando da melhor forma possível para não afetar apenas uma região e minimizar os impactos à população. Essa será a última alternativa’.
OBRAS NO RIO SAPUCAÍ
Outra preocupação dos vereadores que foi debatida na Casa de Leis se refere a demora para a conclusão das obras na nova captação de água no Rio Sapucaí.
As informações também foram passadas aos parlamentares pelo representante da empresa e de acordo com os dados, são 21 quilômetros de tubulação para captar água até as adutoras e reservatórios. A obra deve receber investimento de aproximadamente R$ 300 milhões.
Alex Veronez disse aos vereadores ‘que a previsão de término é para 2022, mas alertou que não é uma obra simples, é complexa e uma das maiores obras do Estado’.
TRATAMENTO DE ESGOTOS
Outra importante informação transmitida no Plenário da Casa de Leis foi sobre a reversão das lagoas instaladas em bairros como, por exemplo, Palestina, São Francisco e São Luiz.
O gerente da Sabesp confirmou ‘que já existe um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) junto ao Ministério Público que prevê a desativação dessas lagoas com a destinação dos resíduos para Estação de Tratamento de Esgotos (ETE)’. O prazo para a conclusão é de até 7 anos.
Os questionamentos foram feitos pelos vereadores Gilson Pelizaro (PT), Marcelo Tidy (DEM), Zezinho Cabeleireiro (PP) e Pastor Palamoni (PSD) que ainda cobraram melhor empenho da Sabesp na qualidade dos serviços de reparos nos remendos asfálticos após a realização de obras e no atendimento ao público seja presencial e pelos canais digitais oferecidos pela empresa. (Comunicação Institucional da Câmara)