A Câmara de Patrocínio Paulista vetou, na noite de terça-feira (21), a abertura de um processo de disciplinar após uma denúncia da vereadora Dandara Ferreira (MDB), que alegou ter sido vítima de transfobia por parte do vereador Alcides Resende (Cidadania).
A parlamentar disse ter sido vítima de preconceito depois que o colega de Legislativo a questionou pelo uso do banheiro feminino, o que motivou o envio de um ofício de um deputado estadual, por quebra de decoro parlamentar.
Na votação, seis vereadores foram contra e apenas Dandara foi favorável ao processo disciplinar. O presidente da Câmara e o vereador alvo da denúncia não puderam votar, segundo informações do Legislativo local.
“Eu sou um ser humano. Homofobia é crime o que eu passei aqui, não é de agora não, respeito é bom e eu gosto”, disse Dandara ao término da votação.
O caso também foi registrado pela parlamentar na Polícia Civil e levado ao conhecimento do Ministério Público.
O vereador Alcides Resende, por outro lado, negou que tenha sido preconceituoso.
O bate-boca e a denúncia
A discussão ocorreu no último dia 14, na Câmara, quando Dandara pediu a fala para dizer que precisava ir ao banheiro e aproveitou para cobrar o presidente da Câmara sobre um requerimento protocolado por ela para determinar se deveria usar o feminino ou o masculino no prédio por causa do gênero.