No último sábado (22), o piloto brasileiro André Ribeiro morreu em decorrência de câncer de intestino aos 55 anos. Ele deixa três filhas e uma bonita história no automobilismo brasileiro. De acordo com as primeiras informações, Ribeiro manteve a doença em sigilo até de pessoas mais próximas e alguns familiares.
Nas pistas, ele fez história na Fórmula Indy, uma das principais competições dos Estados Unidos. Ele chegou ao país em 1994 para disputar a Indy Lights e só passou para a elite da categoria no ano seguinte. E foi justamente o período quando viveu seu melhor momento no esporte.
Colocou seu nome na história ao vencer três corridas: New England 200 (1995), Rio 400 e Michigan 500 (1996). Além de ser a estreia do país recebendo uma etapa da Indy, foi a primeira vitória de um brasileiro em uma categoria de ponta desde a morte de Ayrton Senna, que morreu após acidente durante o GP de San Marino, em Ímola, em maio de 1994.
A melhor posição de André na classificação geral ocorreu em 1996, quando terminou na 11° posição. Nos anos seguintes, passou pela Penske, uma das mais tradicionais equipes da Indy, mas não obteve bons resultados. Ficou apenas na 22ª posição e anunciou a aposentadoria aos 31 anos, no final de 1998.
Ao longo das quatro temporadas na Indy, o ex-piloto natural de São Paulo disputou 68 provas, obteve duas poles, três vitórias e subiu ao pódio em quatro ocasiões. Vida de empresário após aposentadoria Após se retirar das pistas, André Ribeiro virou empresário.
Ele se associou a Roger Penske, dono da equipes da Indy, e abriu concessionárias no Brasil com bandeiras Honda, Lexus, Toyota e Chevrolet.
Além disso, foi sócio de Pedro Paulo Diniz na organização do Renault Speed Show no início dos anos 2000. Em seguida, agenciou a carreira da piloto Bia Figueiredo, que correu na Indy por seis temporadas.
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