Cerca de cinquenta empresários do setor calçadista de Franca, Jaú e Birigüi, se reuniram com o ministro da infraestrutura e pediram atenção ao setor para que sejam tratados com isonomia, em âmbito estadual e federal. A reunião foi conduzida por Wayner Machado (sócio da Freeway, diretor regional da Fiesp e conselheiro do CIESP), Mario Spaniol (CEO do Grupo Carmen Steffens), José Carlos Brigagão (presidente do Sindifranca), Saulo Pucci (diretor do CIESP Franca), e contou com as intervenções do deputado federal Marcos Pereira e do ex-deputado e ex-prefeito Gilson de Souza.
Giuliano Spineli Gera, economista e diretor da FIESP, apresentou um trabalho elaborado sobre a cadeia produtiva do setor coureiro calçadista, apresentando dados detalhados do panorama mundial e seus reflexos na indústria de Franca nas últimas três décadas, impactando na economia regional.
O ministro da infraestrutura esclareceu que basicamente há cinco alavancas básicas que devem ser mexidas para que o estado renasça em termos de indústria, “energia, tributos, crédito, infraestrutura e formação profissional“, mas afirmou que a questão tributária seria a mais fácil de se fazer, e ainda apresentaria efeito imediato. Ele defende que enquanto não acontecer a reforma tributária “há três coisas que precisam ser feitas com urgência em São Paulo para aquecer a guerra fiscal: diminuição da substituição tributária, agressividade na redução das alíquotas e devolução de créditos de ICMS”. Para ele, a grande quantidade de substituições tributárias não faz mais sentido com o avanço da tecnologia da informação e estado precisa dar incentivos fiscais às empresas em troca de investimentos, para que as indústrias que migraram para o Nordeste e Rio Grande do Sul retornem gerando empregos.
“São Paulo abdicou da guerra fiscal durante os governos do PSDB. É preciso uma reforma tributária e São Paulo tem que liderar esse processo, porque tem número de representantes suficiente no Congresso e tem autoridade para isso, e quando eu falo em autoridade é no sentido de que quando se unifica tributos, quem mais perderá em termos de arrecadação em um primeiro momento será o estado de São Paulo, mas em um segundo momento ganha porque as empresas começam a retorna para o estado” – destacou Tarcísio.
O pré-candidato defende a diminuição da política de substituição tributária, diminuição de alíquota e a programação de restituição no crédito do ICMS, além do aumento da oferta de gás e a capacitação profissional orientada.
Ao final, questionados pela reportagem, os empresários demonstraram satisfação com as propostas apresentadas, afirmando que essa era a postura esperada pelos últimos governadores e que se ele realmente cumprisse o que foi colocado, por eles já estaria eleito em São Paulo.