“Senhor, ensina-nos a rezar” (Lc 11,1).
Jesus foi uma pessoa de profunda comunhão com Deus e de intensa oração. Por isso, um dos seus discípulos pediu-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar”.
Obedientes a Ele, chamamos a Deus de Pai, com toda a confiança, somos filhos no Filho Jesus Cristo, pela inspiração do Espírito Santo. A oração do pai-nosso é um convite à fraternidade.
Pai nosso que estais no céu, com a sua majestade, grandeza e transcendência. O céu é a casa de Deus. Em Cristo “somos assentados nos céus” (Ef 2,6).
Depois de nos pôr na presença de nosso Pai querido para adorá-lo e bendizê-lo, o Espírito filial faz brotar de nosso coração os pedidos: que seu nome seja santificado – se vivermos bem, o nome divino é bendito; pedimos o Reino, dom do Espírito , nossa esperança; e que a vontade do Pai, que é a nossa santificação e reconciliação em Cristo, “que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4), aconteça.
Pedimos o pão material, alimento básico para o nosso corpo, o pão da Palavra e da Eucaristia, alimentos essenciais em nossa fé. Somos pecadores, reconhecemos as nossas misérias, mas confiamos na misericórdia de Deus, na redenção e remissão dos pecados. Acolhemos o seu perdão e procuramos colocá-lo em prática em nossos relacionamentos. Pedimos discernimento para entender a voz do Espírito e não nos deixar seduzir pela voz do tentador. O mal que a última petição do pai-nosso apresenta como o grande pecado é a apostasia, o afastamento da fé e do projeto de Jesus.
Ao dizer “Amem”, afirmamos que tudo o que está contido na oração que o Senhor nos ensinou, aconteça.
A oração deve ser constante e sem constrangimento. O Pai nos ouve, com certeza, e sempre responde. Ele sabe do que mais precisamos, e nos concede o bem maior: o Espírito Santo.
Dom Paulo.