O lockdown decretado pelo Poder Executivo ontem, 24, foi tema de discurso na Tribuna na manhã de hoje durante a 21ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Franca. O advogado da Aprofran (Associação das Farmácias e Drogarias de Franca e Região), Moacir Piola, argumentou que as cerca de 170 drogarias francanas deveriam ser autorizadas a atender presencialmente durante o lockdown na cidade, que começa a partir dessa quinta-feira, 27, e irá durar até o dia 10 de junho.
Segundo Piola, os estabelecimentos participam de programas governamentais como o Farmácia Popular. Este proporciona medicamentos gratuitamente ou a baixo custo para a população, mas a distribuição depende de atendimento presencial para tirar cópias da receita médica, por exemplo. Além disso, as drogarias prestam serviços como a aferição de pressão, o que desafoga os sistemas de saúde. Outro argumento é que elas não podem entregar remédios de tarja preta na casa dos clientes.
“Não consigo imaginar farmácia fechada. Sem medicação você não consegue se virar. Não podemos deixar a cidade de Franca privada de um setor tão importante e dependente apenas do delivery”, comentou Piola.
O vereador Donizete da Farmácia (MDB), que é proprietário de farmácia, argumentou que é perigoso abrir exceções para o setor e que todos devem fazer sua parte. Contudo, ele se comprometeu a agendar uma reunião entre os representantes da área e o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) para debater a questão, o que foi apoiado por Lurdinha Granzotte (PSL). Carlinho Petrópolis Farmácia (PL) foi outro a concordar com os argumentos de Donizete, apesar de reconhecer a importância das drogarias neste momento de pandemia. Já Gilson Pelizaro (PT) sugeriu que as farmácias prestassem atendimento domiciliar para suprir as necessidades da população.
O presidente da Câmara, Claudinei da Rocha (MDB), comentou sobre a importância das drogarias. “Os produtos oferecidos de uso contínuo na Farmácia Popular geralmente não estão disponíveis na rede pública e muitos clientes que estão fazendo uso de injeções nas farmácias vão ter que deslocar para as UBSs (Unidades Básicas de Saúde)”, afirmou.
O discurso de Moacir foi transmitido ao vivo pelo canal aberto digital 6.3, Facebook (https://www.facebook.com/camaradefranca/videos/506867940353253) e Youtube (https://youtu.be/WI4J3rZj5fM?t=1665).
(Comunicação Institucional Câmara)