A Palavra de Deus nos ensina que para entrar no Reino é preciso: humildade, mansidão e caridade.
O orgulho é o nosso primeiro defeito, que mais se opõe ao amor e à humildade. Mais orgulhoso sou, menos sou capaz de amar e ser humilde.
“Para o mal do orgulho não existe remédio” (Eclo 3,30). Esta planta ruim não produz o fruto da felicidade.
Mas há um remédio, sim, a humildade. Quem a pratica encontra graça diante de Deus.
Jesus insiste na humildade, ensinamento que vai na contramão de uma sociedade que faz propaganda dos primeiros lugares, status, prestígio e posição social. A humildade é uma virtude não muito apreciada.
A humildade que o Senhor prega vai além de atitudes comportamentais: é uma orientação de vida. Ele é o nosso exemplo, quando diz que é “manso e humilde de coração” (Mt 11,29). A sua humildade é o despojamento, o fazer-se pobre, é o cumprimento da vontade do Pai até as últimas consequências. É como o apóstolo Paulo expressa em um belíssimo hino: “Humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte – e morte de cruz!” (Fl 2,8). No contexto da celebração da Ceia com os Doze, no cenáculo, Ele realizou um gesto desconcertante, lavando os pés dos discípulos (Jo 13,1-11). Depois de lavar os pés dos mesmos, disse: “Se eu, o Senhor e Mestre , vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que também façais assim como eu vos fiz” (Jo 13,14-15).
Abrir-se ao Reino é ter os mesmos sentimentos de Jesus (Fl 2,5), isto é, o mesmo comportamento, a mesma orientação de vida, a mesma humildade, que significa: fazer-se pequeno, abaixar-se, servir por amor, gratuitamente, na liberdade, sem segundas intenções.
A humildade é o remédio que cura as feridas do nosso orgulhoso coração, é via de penitência e caminho de santidade.
Deus abençoe os nossos catequistas e todos aqueles que servem.
Dom Paulo.