Com a posse de Donald Trump, o comércio exterior dos Estados Unidos pode passar por mudanças significativas. Trump é conhecido por sua postura protecionista e prometeu durante sua campanha eleitoral implementar políticas que favoreçam a indústria americana.
A expectativa é que ele possa reavivar as negociações do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) e do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica (TPP), que foram suspensos durante seu primeiro mandato. Além disso, ele pode impor tarifas mais altas sobre produtos importados de determinados países, como a China, México e Canadá.
Segundo Cristiane Fais, CEO da ACCROM Consultoria em Logística Internacional, o Brasil deve ficar atento às posturas de Trump, a fim de se resguardar e se beneficiar do melhor modo.
– “O Brasil pode ser afetado pelas políticas comerciais de Trump, especialmente se ele decidir impor tarifas mais altas sobre produtos brasileiros. Isso pode afetar a exportação de produtos como soja, carne e açúcar. No entanto, o Brasil também pode se beneficiar de uma maior cooperação comercial com os EUA, especialmente em áreas como energia e infraestrutura”, explicou a especialista.
O mercado financeiro tem reagido com cautela à posse de Trump, com muitos investidores esperando para ver como as políticas comerciais do presidente afetarão a economia global.
– “Nós devemos torcer para que ele faça um bom governo, e que haja com discernimento, mantendo os olhos atentos ao mercado de comércio exterior, sempre tão volátil. O Brasil, uma das grandes nações do mundo, pode se valer das características do Trump para potencializar o comércio com os Estados Unidos”, ressaltou Cristiane Fais, CEO da ACCROM Consultoria em Logística Internacional.
Outro ponto de suma importância, é a possibilidade de Trump colocar algumas barreiras em relação à China, fato que poderá beneficiar diretamente o Brasil.
– “Se ele fizer isso poderá beneficiar o Brasil de diferentes maneiras, tanto nas nossas exportações para o país asiático, quanto nas nossas importações vindas da China. Nesse caso, nosso país se tornaria mais interessante aos chineses, que teriam uma menor demanda dos Estados Unidos. Poderíamos conseguir melhores acordos, tanto de pagamento, quanto de valores”, finalizou a especialista.