O deputado estadual Laércio Benko (PMB) visitou novamente a cidade de Franca, quando foi recebido pelo presidente do Sindifranca, Luís Carlos Brigagão, para discutir a carga tributária aplicada ao calçado no estado de São Paulo. Laércio, advogado pós-graduado em direito tributário defende que a discussão sobre a redução do ICMS é uma questão econômica e o problema do Brasil não é o socialismo, é o globalismo:
“O nosso inimigo não é a esquerda, estamos nas mãos de mega empresas e não mais de burocratas partidários como se pensa. Não adianta se discutir pauta LGBT e racismo quando falta comida na mesa. Casa que falta pão, todo mundo briga em ninguém tem razão” – afirmou o candidato à reeleição.
Ele explicou que o ex-governador João Doria (PSDB) diminuiu a alíquota do ICMS do cobre, sendo que o cobre gerava 5 vezes mais ICMS que o calçado, então na sua visão, não é o calçado que irá gerar perda de arrecadação. Segundo Benko, Dória é amigo íntimo de um empresário que articula os interesses do setor do cobre, suplente de Senador do estado do Espírito Santo e que foi um dos grandes doadores da campanha do ex-governador.
“Enquanto a indústria do setor calçadista não se unir, criar uma FIESP paralela, estudar o cenário econômico de uma forma global e enfrentar o governo, eles sempre terão a desculpa da falta de arrecadação. O cobre gerava 5 vezes mais ICMS mas gera 20 vezes menos emprego do que a indústria de calçado” – disse o deputado.
Questionado sobre a situação dos moradores de rua na cidade, Benko disse que acha o direito de ir e vir questionável: “Eu tenho o direito de ir e vir mas não posso passar na Cracolândia, meu direito está sendo cerceado.”
Ele acredita que os subsídios criados para essa parcela da população patrocina o tráfico, além de ser uma omissão de socorro:
“O usuário de crack não tem mais discernimento, não sabe diferenciar o certo do errado, e se o Estado não impõe uma internação compulsória , está se omitindo do seu dever. Os prefeitos que agem assim, como o de Franca não está criando o bolsa alguém, é o bolsa traficante, é o BNDS do tráfico”.
O advogado que recentemente solicitou esclarecimentos da prefeitura sobre a falta de leitos e os motivos que levam o prefeito a não utilizar o hospital do IMA, que possui toda uma estrutura pra atender centenas de pessoas.
“Essa situação de fazer ‘turismo de doentes’ para outras cidades para que possam realizar seus tratamentos médicos deve gerar muito lucro, porque aqui vocês têm o hospital do IMA, que durante a pandemia serviu para atendimento mas agora não pode ser mais utilizado, está lá todo estruturado e fechado. Precisa saber qual o interesse público nisso, por isso eu vou ajuizar uma ação popular contra o prefeito.”
Esclareceu que a ação popular visa apurar gastos indevidos, por isso ele quer transparência dos gastos com transporte, averiguar a relação da empresa de transporte com o prefeito, bem como demais possíveis gastos relacionados ao caso.
*Reportagem: Alexandre Silva e Marcela Barros.