Por Cristiane Fais, CEO da Accrom Consultoria em Logística Internacional
A tão discutida reforma tributária finalmente começa a tomar forma no Brasil, prometendo uma transformação profunda no sistema de arrecadação de impostos. Entre as mudanças previstas, a unificação de tributos e a adoção do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) trazem novos desafios — e oportunidades — para as empresas que atuam no comércio exterior.
Do ponto de vista da logística internacional e da competitividade global, os impactos dessa reforma precisam ser avaliados com cautela e profundidade. A Accrom Consultoria soma 8 anos de experiência, com sua atuação estratégica junto a importadores e exportadores, e acompanha de perto os desdobramentos para orientar seus clientes com precisão e segurança.
Um dos principais pilares da reforma é o princípio da não cumulatividade ampla e da desoneração total das exportações. Em teoria, isso representa um avanço importante, pois elimina o efeito cascata de tributos que encarecem os produtos brasileiros no mercado internacional. A devolução mais rápida de créditos tributários aos exportadores também está sendo prometida como um facilitador para o fluxo de caixa das empresas.
Para as importações, a reforma trará a cobrança dos novos tributos (IBS e CBS) já no desembaraço aduaneiro, com alíquotas uniformes e padronizadas nacionalmente. Isso elimina as guerras fiscais entre estados e cria um ambiente mais previsível.
Além disso, a mudança exigirá ajustes nos contratos internacionais, no planejamento de custos logísticos e na estruturação da cadeia de suprimentos.
Na Accrom, já estamos trabalhando com nossos clientes para realizar diagnósticos de impacto, mapeamento de riscos e revisão de processos operacionais que envolvam a logística internacional e a tributação. A reforma tributária, embora necessária, representa um período de adaptação intensa — especialmente para o comércio exterior, que já opera em um ambiente naturalmente mais complexo e regulado.