O relatório com mais de 60 páginas conclui que não há provas de irregularidades nas eleições de 2022, mas indícios de insegurança eletrônica que devem ser sanadas.
LEIA PARTE DO RELATÓRIO:
“Primeiro, foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo. Segundo, dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento.
- Em consequência, solicito à Corte Eleitoral atender ao sugerido pelos técnicos militares no sentido de:
- realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos; e
- promover a análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas.
De acordo com a nota oficial do Ministério da Defesa, o documento foi produzido por uma equipe composta por oficiais de carreira especialistas em gestão e operação de sistemas de tecnologia da informação; em engenharia de computação e de telecomunicações; em defesa cibernética; entre outras; e seguiu rigorosamente os parâmetros estabelecidos na Resolução nº 23.673, de 14 de dezembro de 2021, do TSE.
O relatório apresenta observações, conclusões e sugestões relacionadas, especificamente, ao sistema eletrônico de votação, conforme as atribuições definidas pelo Tribunal às entidades fiscalizadoras.