De acordo com as estatísticas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a abstenção no primeiro turno foi de 48.580 eleitores, representando mais de 20% dos cidadãos aptos a votar, o que cresceu para 50.379 no segundo turno, correspondendo à média nacional de 20,32%. Já os votos brancos e nulos, chamados “votos de protesto” aumentaram de 14.445 no primeiro turno, para 20.330 votos no segundo turno.
Do total de votos válidos (167.772) no segundo turno, cerca de 75% foram direcionados a Jair Bolsonaro, e enquanto Bolsonaro cresceu 14,66% no segundo turno, seu adversário Fernando Haddad aumentou em 13,43% o percentual de votos, o que significa que os votos de candidatos como Ciro Gomes, Geraldo Alckmin, Amoedo, Henrique Meirelles foram bem divididos.
Ainda de acordo com os dados do TSE, a maior parte da abstenção se deu entre pessoas na faixa etária de 20 a 44 anos, e o número aumentou entre os eleitores do gênero masculino. No que diz respeito ao gênero feminino, o perfil que mais compareceu às urnas foi de pessoas com faixa etária entre 28 e 44 anos. No geral, a abstenção se deu mais entre pessoas solteiras e que possuíam apenas o ensino fundamental.
Em 2018 o eleitorado apto a votar era de 238.375, sendo 100.279 pessoas do gênero feminino contra 89.375 do gênero masculino. Em 2020 o eleitorado caiu para 238.124, porém cerca de 88.851 mulheres compareceram às urnas, ao passo que apenas 79.261 homens fizeram o mesmo.
A expectativa é que com o controle da disseminação do coronavírus e após as dificuldades enfrentadas durante a pandemia por ausência de representatividade política, o comparecimento do eleitorado aumente nas eleições de 2022, assim como se espera a redução de votos brancos e nulos.