“José fez o que o anjo do Senhor lhe havia ordenado” (Mt 1,24). O quarto domingo do Advento destaca as figuras de José e Maria, que acolheram com generosidade, solicitude e obediência os desígnios do Senhor ao mistério da encarnação do Verbo.
A obediência é expressão da vontade do Pai. Nesse sentido, Jesus é o nosso modelo. Toda a sua vida foi um ato de obediência: “O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e levar a termo sua obra” (Jo 4,34). Ele fez-se servo e obediente até à paixão e morte de cruz (Mc 14,36; Fl 2,8). Deu-nos o exemplo de entrega total. A obediência é contar só com Deus, confiar plenamente nele e entregar-se serenamente em suas mãos. Por causa do seu despojamento, Jesus foi atendido pelo Pai (Hb 5,7).
Paulo diz que por Jesus “recebemos a graça e o apostolado, em vista da obediência da fé, para a glória do seu nome” (Rm 1,5). Da contemplação do mistério de Jesus Cristo, o Filho obediente em tudo, nasce a obediência dos discípulos.
José e Maria são modelos para nós, porque responderam com fidelidade à Palavra do Senhor, foram fiéis à sua vontade, que agiu na pobreza e generosidade de ambos. O sim que deram é uma atitude de obediência e colaboração ativa à iniciativa divina. Eles intercedem por nós no caminho da obediência e cumprimento dos desígnios divinos.
A vontade do Pai é a que se manifesta através dos mandamentos, é a nossa salvação, a nossa vida, a prática do amor e da justiça, a nossa reconciliação em Cristo e a nossa santificação.
A obediência é uma virtude que nos torna muito gratos a Deus. Ela acontece por amor: tanto da que se deve a Ele e aos seus mandamentos, quanto da que se deve à Igreja.
José e Maria são nossos intercessores: permaneçamos na sua escola.
Dom Paulo.
