Jesus “tomou a firme decisão de partir para Jerusalém” (Lc 9,51).
A imagem do caminho é comum nas Sagradas Escrituras. Quase a metade do Evangelho de Lucas trata do caminho de Jesus (Lc 9,51-19,27). É uma longa e exigente viagem, desde a periferia da Galileia, até a capital. Muito mais do que um itinerário geográfico, temos o êxodo do Senhor, sua passagem desde mundo ao Pai. Em Jerusalém se concretiza esta travessia e missão: a entrega de sua vida e o oferecimento da Igreja.
O caminho é o próprio Jesus, a verdade e a vida que conduzem ao Pai. Ele indica a direção da verdadeira felicidade que o ser humano tanto almeja e por natureza quer encontrar.
Para seguir o caminho algumas condições necessárias: despojamento dos bens materiais, indiferença com as coisas passadas e liberdade com os laços familiares (Lc 9,57-62).
Precisamos dos bens materiais, não rompemos com as coisas vividas no passado nem com os laços familiares. O que Jesus pede é saber reintegrar tudo diante de um bem maior que é o Reino de Deus. Só uma pessoa livre poderá realizar este caminho.
Seguir a Jesus implica renúncias e desafios, mas o que ele exige não supera as nossas possibilidades. A fé e a confiança na graça sustentam a missão. A vida em Cristo nos liberta.
” Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito, então não estais sob o jugo da Lei” (Gl 5,18).
Abençoai, Senhor, o Encontro Mundial do Papa com as famílias. Que cada família assuma o amor como uma vocação e um caminho de santidade.
Dom Paulo.