Os candidatos à vice-presidência do Brasil, Geraldo Alckmin, ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, ao Senado Federal Márcio França, e a candidata à vice-governadora Lúcia França, se reuniram com o setor coureiro e calçadista e sindicato das indústrias, nesta tarde para debater a guerra fiscal e redução de impostos.
O economista e especialista Giuliano Spinelli Gera apresentou sua pesquisa, com dados detalhados, aos líderes políticos e explicou a crise econômica da indústria calçadista da cidade nas últimas décadas.
Questionado sobre a redução de impostos, Haddad disse:
“Nós chegamos a produzir 40% dos calçados do Brasil e caímos para 8%, então São Paulo estava assistindo de braços cruzados. O governo, atendendo a um pleito do setor, chegou a abaixar para 7%, enquanto o governo atual aumentou o ICMS para 18%. Nós vamos reverter essa política, nós não vamos mais aceitar pacificamente essa guerra fiscal. Isso vai ajudar o Brasil, forçando a reforma tributária”.
De acordo com o candidato ao governo de São Paulo, isso só não acontece porque o governo paulista não toma providências em relação à guerra fiscal. Na visão dele, se isso não for feito, São Paulo não vai parar de sangrar, e não é justo o estado sangrar em virtude da concorrência desleal.
A reunião que ocorreu no curtume Boi Santo, conduzida por Wayner Machado, diretor regional da FIESP, e articulação do candidato a deputado Bruxellas, contou com a participação de toda a imprensa local, diversos empresários e lideranças políticas da cidade.
“Eu vou baixar o ICMS paulista gradualmente de 18 para 12, de 12 para 6 até eu ter no mínimo 25% da produção aqui, que antes era 40, ou seja, eu vou baixar para triplicar os empregos. Ainda estou disposto a abrir mão de 15. É justo que outros estados se beneficiem, mas não a ponto de desindustrializar São Paulo” – disse Fernando Haddad.