Agentes da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) desmontaram um sofisticado laboratório de produção de maconha que funcionava no Jardim São Luiz, zona Leste, em Franca, nesta quinta-feira. A ação dos policiais resultou ainda na apreensão de toda a droga, de materiais utilizados desde o cultivo até a colheita e manufaturação da droga, bem como na prisão de um casal encarregado de operar o sistema.
Para chegar ao laboratório os policiais fizeram um verdadeiro trabalho de investigação. Chefiados pelo delegado Leopoldo Novaes, logo depois de receberem a denúncia anônima, os agentes daquela especializada monitoraram as ações desencadeadas pelo casal e por seus clientes—geralmente das classes média e alta—durante um mês.
Ao comprovar as evidências da existência de tráfico de drogas no imóvel, o delegado Novaes representou ao Poder Judiciário, solicitando medida cautelar de busca e apreensão no local e, efetuaram a prisão do casal.
“Hoje (27) pela manhã rumamos ao local, identificamos o casal e, para a nossa surpresa, realmente, lá existia um laboratório. E o que nos trouxe perplexidade até, é que tinha uma linha de produção industrial na planta da maconha. Então, lá tinha um processo produtivo desde o plantio até a colheita, envolvendo os materiais específicos para a manufatura, dentre eles, os fertilizantes de alta qualidade, iluminação própria ultra-violeta para o crescimento mais rápido da planta e, aumento também do seu poder de destruição do seu princípio ativo, que é o THC. Ou seja, esta droga é de maior qualidade do que aquelas encontradas nas biqueiras de Franca, além de material específico para a ventilação, embalagem, e disseminação desta droga aqui pela cidade”, observa Novaes ao repórter Alexandre Silva (Fato no Ato), acrescentando que o casal confessou que mantinha a maconha em plantio e que, através desta linha de produto em alta qualidade desde o plantio até a colheita, conseguiam maio qualidade no produto final.
Por se tratar de crime hediondo, os suspeitos foram autuados em flagrante por tráfico de entorpecente e associação para o tráfico de drogas e recolhidos à Penitenciária de Franca. Segundo Novaes, o casal aguardará decisão judicial, e, na audiência de custódia, a Justiça decidirá pela manutenção ou não das prisões cautelares.
O delegado destacou ainda a importância de a população fazer denúncias anônimas, auxiliando a polícia no combate ao tráfico de drogas na cidade. Denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp 16-99255-6087. O sigilo é absoluto.
Além do delegado Leopoldo Novaes, coordenaram o trabalho da Dise, o chefe dos investigadores, Júlio Rodrigues da Silva, e a escrivã-chefe, Gabriela Otoni Francisco.
Fotos: Policia Civil/Divulgação