O deputado federal Júnior Bozzella, também vice-presidente nacional do PSL, afirmou que o partido tem trabalhado de forma responsável para tratar possíveis uniões entre as siglas partidárias, mas que enxergam Sérgio Moro (Podemos) como o melhor candidato nos dias atuais, por apresentar mais condições de chegar ao segundo turno do pleito eleitoral e assim vencer as eleições contra o partido dos trabalhadores. Bozzella sintetizou que seria “um grande retrocesso para o país ser governado novamente pelo PT, assim como manter o governo atual. Ele acredita que o União Brasil (resultado da fusão entre PSL e DEM) seria um polo atrativo para essa candidatura em função da capilaridade que o partido possui no país, e em conversas já realizadas com a cúpula do partido Podemos e sua representante Renata Abreu, a intenção é agregar os partidos para fortalecer o projeto da candidatura do Moro.
O deputado declarou à Sociedade Organizada que na sua opinião “Moro não é a terceira via, é a única via”, por ser a melhor proposta entre os postulantes ao cargo da presidência nos dias atuais, em face da sua capacidade de se diferenciar dos demais. Para ele, “todos os outros possuem um plano de poder, o Bolsonaro tentou administrar o partido e profissionalizou os filhos na política desde sempre, assim colo Lula que tentou de todas as formas empoderar o PT para perpetuar no poder, enquanto que Moro deixou de ser juiz para assumir uma luta em favor do país e renunciou ao cargo de ministro para voltar à iniciativa privada ganhando seu dinheiro licitamente, sem nenhum projeto de poder partidário”. Acrescentou que ainda em 2018 percebeu que o projeto do presidente Jair Bolsonaro não era de país, era de poder e blindagem da família, e não tem qualquer problema em dizer que foi o primeiro a romper com Bolsonaro dentro do PSL.
A respeito da possibilidade de criação de uma federação entre os partidos União Brasil e MDB, o parlamentar explicou que o presidente nacional do MDB Baleia Rossi, o ex-presidente nacional da república, a fundação Ulysses Guimarães do MDB e a fundação Índigo do PSL, se uniram há um tempo com o intuito de criar um projeto de governo a médio e longo prazo, mas que federações entre dois partidos grandes estão fora de cogitação por enquanto, pois ambos seriam obrigados a se vincularem pelos próximos quatro anos, o que traria conflitos nas próximas eleições municipais. De acordo com Bozzella, os recentes ataques a Sérgio Moro mostram a preocupação dos adversários com relação ao potencial crescimento do pré-candidato, já que são todos infundados, até mesmo pela sua biografia e conduta ilibada, diferentemente dos demais que possuem uma ficha corrida e estão tentando atacá-lo.
Bozzella foi homenageado como “Parlamentar amigo da mulher” de 2022 no Fórum da Associação Feminina de Combate à Corrupção, pelo destaque do seu trabalho no Congresso Nacional com projetos aprovados em defesa das Mulheres. Com apenas setenta dias de mandato aprovou uma alteração na lei Maria da Penha, que passou a garantir o pagamento de indenização por dano moral às vítimas de violência doméstica, além de outros muitos projetos como a obrigatoriedade da realização de exame mamográfico para o rastreamento do câncer de mama pelo SUS, a todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade; a comunicação aos órgãos de segurança pública sobre ocorrência ou indício de violência doméstica e familiar contra mulheres, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, em condomínios residenciais; a alteração da Lei Maria da Penha quanto ao critério, garantia, Direito à habitação, imóvel residencial, regime de bens, divórcio, dissolução, união estável, da mulher vítima de violência doméstica; alteração da Lei do FGTS e da lei Maria da Penha para tornar facultativo o saque do FGTS à mulher trabalhadora vítima de violência doméstica; a proibição de nomeação de pessoa em cargo em comissão que tenha sido condenada por crime de violência contra mulher; proibição do poder público de contratar atividades artísticas que contenham letras de músicas que depreciem, desrespeitem, desvalorizem, promovam a violência, ou exponham a mulher ao constrangimento e discriminação de qualquer tipo; a obrigatoriedade de empresas fabricantes de aparelhos celulares introduzirem aplicativo permanente nos aparelhos celulares para acionar a polícia em caso de violência contra a mulher; a alteração da legislação para assegurar os direitos da grávida e da lactante em atividades laborais salubres; a alteração da legislação criminal visando modificar a pena do crime de abandono material, passando a abranger também a gestante; a inclusão de programas de combate e prevenção de violência contra a mulher apoiado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública, com utilização de recursos do Fundo em ações envolvendo prevenção e combate à violência doméstica e familiar.
O deputado Júnior Bozzella destacou a importância do aumento de garantia na defesa as mulheres, ressaltando que “a participação da mulher na política é decisiva na sociedade e quem não luta pelos seus direitos, não é digno deles”, porém a defesa da mulher e o combate à violência doméstica e ao feminicídio são preponderantes, devendo existir mais do que apenas na teoria. Finalizou sua fala pontuando que é preciso provocar discussões sobre o tema, e constranger o agressor e as pessoas que buscam de alguma forma discriminar a mulher e colocá-la à margem da sociedade, pois a família é a base da sociedade e a mulher é o alicerce da família, então consequentemente a mulher é o alicerce de uma sociedade.”