A deputada estadual Delegada Graciela (PL) acredita que uma forma de ajudar a resolver a escassez de funcionários das Delegacias de Defesa da Mulher é oferecer uma gratificação salarial aos servidores dessas unidades.
Durante reunião realizada na última semana, a deputada, que é a coordenadora da Frente Parlamentar em prol das DDMs, fez esse pedido ao secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Responsável pela DDM de Franca por 30 anos, a deputada explicou ao secretário que a falta de recursos humanos é um problema atual de toda a Polícia Civil paulista e um desafio ainda maior paras as DDMs, uma vez que, segundo estimativas, as essas unidades concentram cerca da metade de todos os inquéritos instaurados no Estado de São Paulo. Além disso, por conta de suas especificidades, os prazos para dar andamento a esses processos são mais curtos.
“Quem presta serviço às Delegacias da Defesa da Mulher sofre ainda mais com essa sobrecarga. O trabalho especializado e os atendimentos requerem uma dedicação especial para o acolhimento adequado à vítima. São fatores que, muitas vezes, desestimulam o servidor e a servidora a atuarem numa DDM. Essa gratificação salarial que estamos propondo seria uma forma de atrair, premiar e fazer justiça a esses policiais”, disse ela.
Para a parlamentar, é importante chamar a atenção também sobre o fato de que as DDMs têm sido cada vez mais requisitadas por parte da população. “Praticamente todos os registros relacionados à violência contra a mulher tiveram aumento ao longo de 2023, se comparados com o ano passado. Da mesma forma, aumentaram os registros de medidas protetivas em favor de mulheres. Reforçar o efetivo é fundamental e a gratificação vai ser um incentivo a mais para isso”, completou.
Guilherme Derrite disse à deputada que vai encomendar um estudo interno para avaliar a possibilidade de criação de uma gratificação para os servidores das DDMs. “O secretário compreendeu bem os nossos argumentos e afirmou que a proposta faz sentido. Ele nos pediu um prazo para que possa estudar o assunto de forma mais ampla e avaliar se é algo possível de ser colocado em prática”, finalizou a deputada Graciela.