O delegado Carlos Alberto da Cunha, de 43 anos, conhecido como “Da Cunha” e afastado de suas funções desde julho, foi indiciado pela Corregedoria da Polícia Civil de São Paulo na noite de quinta-feira sob a suspeita de peculato.
A prática consiste na apropriação, por parte de um funcionário público, de um bem a que ele tenha acesso por causa do cargo que ocupa, em benefício próprio ou de outras pessoas.
Da Cunha foi indiciado por utilizar a estrutura da Polícia Civil para gravar vídeos de operações oficiais que foram exibidos em suas redes sociais particulares, como no YouTube. Nesta sexta-feira, ele conta com 3,65 milhões de inscritos em seu canal e mais de 2 milhões de seguidores no Instagram.
Segundo noticiado pelo jornal Folha de São Paulo, os investigadores consideram ter conseguido comprovar, com documentos e depoimentos, incluindo de policiais civis, que Da Cunha obteve vantagens pessoais e econômicas com esses vídeos exibidos nas redes sociais, o que configuraria o crime.
Ele também é alvo de um inquérito do Ministério Público, que apura possível enriquecimento ilícito.