A madrugada desta terça-feira (8) foi marcada pelo terror na cidade de Guaxupé, no Sul de Minas Gerais. Um grupo fortemente armado, com características do chamado “Novo Cangaço”, atacou simultaneamente a agência da Caixa Econômica Federal e o quartel da Polícia Militar local. A ação começou por volta de 1h30, com intensos tiroteios e explosões que acordaram moradores de diversos bairros da cidade.
Segundo relatos, os criminosos cercaram o quartel da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal, impedindo a ação imediata das forças de segurança. O prédio da PM foi alvejado e danificado durante o confronto, mas, de acordo com informações preliminares, ninguém ficou ferido.
Na área central da cidade, o grupo invadiu a agência da Caixa e explodiu caixas eletrônicos. Até o momento, não há confirmação oficial sobre a quantia levada pelos assaltantes.
O ataque em Guaxupé ocorre pouco tempo depois de outros episódios violentos na região. Em fevereiro de 2024, o quartel da Polícia Militar de Muzambinho, município vizinho, foi invadido e teve armas furtadas, incluindo fuzis, espingardas e pistolas. Um sargento da PM, afastado por motivos de saúde, foi preso sob suspeita de envolvimento. Um segundo suspeito, de 39 anos, foi detido posteriormente no trevo de Guaxupé, quando retornava de São Paulo.
Outro episódio de violência ocorreu em outubro de 2024, quando a Polícia Militar Rodoviária prendeu um homem de 25 anos suspeito de envolvimento no roubo a um depósito da marca O Boticário. Na ocasião, um caminhão furtado em São Paulo foi recuperado na rodovia MG-450 com carga avaliada em mais de R$ 255 mil.
Há ainda registros de que, em setembro do ano passado, um ataque semelhante atribuído ao mesmo grupo criminoso terminou com a morte de policiais e suspeitos, após o assalto a um caminhão de transporte de valores que seguia para a capital paulista.
Nesta terça-feira, a Polícia Militar de Minas Gerais mobilizou efetivo de diversas cidades da região e acionou um helicóptero da corporação, que partiu de Belo Horizonte para auxiliar nas buscas pelos criminosos. Até o momento, ninguém foi preso.
As autoridades seguem investigando o caso e reforçaram o policiamento na região para evitar novos ataques.