Cachorro conquistou o coração de Carlos e Mônica, que estavam no evento. Agora, o simpático vira-latas deixa lar temporário em Valinhos (SP) para viver com ’19 irmãos’ em Campos do Jordão (SP).
Quem diria que entre quatro mil cães de raça, a honra de desfilar e encerrar um evento internacional seria de um simpático vira-lata? E foi sob aplausos que Caramelo roubou a cena no último fim de semana, em São Paulo. De tanto tentar invadir o espaço onde ocorria a exposição mundial, o perseverante cão sem raça definida (SRD) viralizou e acabou cativando o coração de um casal, que foi adotá-lo no lar temporário onde estava, em Valinhos (SP).
Carlos Alberto e Mônica Pillon estavam no evento internacional, iniciaram a campanha pela adoção, mas acabaram apaixonados por Caramelo. Criadores e defensores da causa animal, os novos tutores se derretaram pelo charme do vira-lata. “Eu fiquei apegada, meu marido se apaixonou por ele”, conta Mônica.
“Esse Caramelo surgiu como uma benção de Deus. Não sei o que aconteceu ali. Você imagina a exposição de cães de raça, top, as mais variadas do mundo, sendo encerrada por um cão sem raça? Ele desfilou sozinho na pista, e modéstia à parte, não é porque ele é nosso filho agora, ele desfilou melhor que muitos cães de raça”, elogiou Carlos.
E a história só teve um final feliz graças a ação do médico veterinário Christiano Yamasaki. Era ele um dos responsáveis pelos cães do evento, e acabou acionado depois da equipe identificar que Caramelo tentava, a todo custo, entrar na área da pavilhão de acampamento com os outros animais.
Yamasaki então levou Caramelo até o controle veterinário do espaço, onde o cachorro passou por uma avaliação, ganhou banho e foi checado se havia algo que o identificasse.
“Não houve nenhuma identificação de microchip ou qualquer coisa que nos mostrasse que ele tinha aparentemente algum dono. Fizemos aplicação de microchip e acabamos ficando com esse rapaz, esperando alguém que pudesse fazer a adoção dele”, conta o veterinário.
Agora Caramelo deixou o lar temporário em Valinhos (SP) para curtir a vida em boa companhia, com outros 19 cães “irmãos” e com a Granola, uma gatinha SRD, em Campos do Jordão (SP).
“A grande maioria dos criadores tem que ser protetor, tem que ser preservador. O que interessa não é a raça ou não raça, a cor ou não. O que interessa é a vida e a dignidade de tratar esse animal com amor, com bem-estar animal, isso é o mais importante”, completa Mônica.
FONTE: g1