“Bem-aventurados…”
Jesus inicia o Sermão da Montanha com as Bem-Aventuranças (Mt 5,1-12). Como mestre da justiça que faz nascer o Reino, ele subiu ao monte e sentou-se, e dali começou a ensinar os discípulos.
“Bem-aventurados os pobres em espírito”. A pobreza em espírito é a atitude fundamental no seguimento de Jesus e no caminho de santidade. Ser pobre em espírito é depender somente de Deus e identificar-se com ele na pobreza de coração, na humildade e na confiança total.
“Bem-aventurados os aflitos”. Os que são aflitos encontram consolo só em Deus, ele é o socorro.
“Bem-aventurados os mansos”. Jesus é manso e humilde de coração (Mt 11,29). A mansidão é fruto do Espírito (Gl 5,23). Viver a mansidão é andar contra a maré daquilo que prega e vive a sociedade de hoje.
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”. A justiça do Reino é a prática perfeita da vida cristã, é buscar o seu autor, o próprio Deus.
“Bem-aventurados os misericordiosos”. A misericórdia é um sentimento divino, é sentir a dor do outro e ser solidário.
“Bem-aventurados os puros de coração “. Ter pureza de coração é praticar a vontade de Deus, é ser íntegro, simples, transparente e reto no agir.
“Bem-aventurados os que promovem a paz “. Jesus é a nossa paz (Ef 2,14). A paz que recebemos dele deve entrar em nosso ser e se estender a todos os ambientes em que vivemos.
“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça… Bem-aventurados quando vos injuriarem e perseguirem”. A perseguição aos discípulos identifica-os com Jesus e com o Reino.
Que o Espírito venha em nosso socorro e nos ajude a acolher a proposta de Jesus na aventura da santidade, caminho da verdadeira felicidade, “o bilhete de identidade do cristão”, nas palavras do Papa Francisco. A nossa recompensa é o Reino dos Céus, fonte de exultação e alegria (Mt 5,12a).
Dom Paulo.