Nesta última semana, se completou um mês da invasão da Rússia à Ucrânia, em uma guerra sanguinária e que já deixou mais de 6 milhões de pessoas deslocadas, tanto dentro do próprio país quanto entre aqueles que fugiram para outros lugares. Isso sem contar com os milhares de civis mortos nesse confronto. Inclusive os números oficiais podem ser muito menor do que o real, pois em alguns lugares as equipes de resgate estão com dificuldades para entrar e contabilizar mortos e feridos.
Mas o clima de tensão ficou ainda maior nesta semana, pois a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), anunciou a movimentação e envio de militares a quatro países estratégicos do bloco e que ficam próximos à região do conflito: Romênia, Bulgária, Eslováquia e Hungria.
No entanto, a organização e os Estados Unidos ainda dizem que não pretendem entrar diretamente no conflito, pois entendem que isso significaria o início de uma terceira guerra mundial.
Atualmente, a Ucrânia sofre com falta de luz e água em algumas cidades e até mesmo desabastecimento alimentar, com pessoas passando fomes nas cidades destroçadas pelos bombardeios russos.
As informações, no entanto, sempre são desencontradas em uma guerra. Enquanto a Ucrânia acusa a Rússia de atacar civis, o país do presidente Vladimir Putin diz que mira apenas alvos militares e que os ataques às pessoas comuns seriam feitas por militares e milicianos nacionalistas ucranianos.
Logo, com esse pouco avanço nas negociações e sem nenhum dos dois lados ceder, o conflito vai se prolongando e ainda não existe uma previsão de cessar-fogo. O máximo que acontece é a criação de alguns corredores humanitários para que esses civis deixem as cidades que vivem em guerra e possam ir para outros países.
AMEAÇA NUCLEAR
A Ucrânia possui as maiores usinas de energia nuclear do mundo e a mais famosa delas, de Chernobyl, segue sob controle dos russos. Um ataque ou um novo acidente poderia levar consequências catastróficas.
Além disso, durante a semana, as autoridades russas voltaram a dizer que, se o país se sentir ameaçado pelas forças do Ocidente, poderá usar seu arsenal de armas nucleares, que é o maior do mundo. Com isso, o clima de tensão sobe não apenas na região do conflito, mas em toda a Europa e na Ásia, que seriam diretamente afetados com uma catástrofe atômica.
Ainda durante essa semana, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elevou o tom e disse que Putin comete crimes de guerra na Ucrânia. E também afirmou que poderá tomar medidas mais firmes caso a Rússia utilize armas químicas durante o conflito na Ucrânia.
Por sua vez, o país invadido tenta resistir e até anunciou a retomada do controle de algumas cidades que estavam sob domínio russo. E o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a pedir apoio da Otan com armas e equipamentos para lutar contra os russos. Mas, no início do conflito, Putin já disse que se a Otan ajudar diretamente a Ucrânia, será considerado como uma declaração de guerra.