A decisão da juíza Silvia Meirelles, da 6ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) pela abertura das lojas da rede Savegnago durante a vigência do decreto com as medidas restritivas para tentar conter o avanço da Covid-19 em Franca, levou a grande maioria dos estabelecimentos comerciais do mesmo segmento a suspender o serviço de delivery na cidade, no início da tarde desta terça-feira (1).
“Após decisão judicial que concedeu ao Savegnago a possibilidade de realizar atendimentos presenciais, nós paramos de receber pedidos, a fim de alcançar a mesma possibilidade. Nós e os demais supermercados de Franca faremos uma reunião às 16 horas na Prefeitura”, foi a resposta de um gerente do Supermercado Gomes, no Parque Progresso, a uma cliente que havia solicitado uma entrega pelo WhatsApp.
Ao mesmo tempo, mercados e supermercados próximos ao Savegnago, nos bairros, também decidiram abrirem as portas, mesmo sem uma liminar, acarretando uma corrida desenfreada aos estabelecimentos comerciais.
Vídeos e outros tipos de mensagens nas redes sociais retratam a euforia dos comerciantes, que ignoram as medidas restritivas impostas pelo lockdown decretado pelo prefeito Alexandre Ferreira (MDB), a partir de quinta-feira passada, dia 27 de maio.
A relatora Silvia Meirelles considerou “risco de paralisação de atividade essencial” na decisão do agravo de instrumento do Savegnago Supermercados contra a Prefeitura.
Donos de estabelecimentos do gênero esperam obter na Justiça igual decisão, que permita a eles efetuarem o atendimento presencial durante o lockdown, que deverá vigorar até 10 de junho.