A Polícia Civil de Franca está próximo de desvendar o mistério sobre o desaparecimento da produtora rural Maria de Fátima Silva, de 32 anos, em Igarapava, na região de Franca. Ela teria sido morta e enterrada em uma mata, entre Igarapava (SP) e Delta (MG). O autor do bárbaro crime seria o seu ex-companheiro, Cleber Balduino de Oliveira, 50 anos, que está preso desde o dia 1º de outubro. No final da tarde de segunda-feira, 7, depois de um dia inteiro de interrogatório, Cleber teria confessado a autoria do delito, com detalhes, na sede da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca. A mulher está desaparecida desde a madrugada de 27 de setembro, após um encontro entre o casal.
Ainda na noite de segunda-feira, o delegado Gabriel Fernando Tomáz, e os investigadores Luciano Tavares e Paulo Rodrigues, mais o agente policial Sandro, estiveram em Igarapava à procura do cadáver, porém, dado ao adiantado da hora, os policiais retornaram a Franca, para recomeçar as buscas na manhã desta terça-feira , 8.
Investigado por homicídio no estado de Goiás, Cleber estava separado da vítima há 3 meses. Segundo a polícia na noite de 26 de setembro Maria de Fátima teria sido atraída até casa do suspeito. Antes de galgarem o imóvel, ambos teriam tomado cervejas na via pública com outros homens.
Em dado momento, os amigos foram embora, deixando o casal a sós. Uma vez dentro da casa, Cleber teria matado a ex-companheira e transportado o corpo dela em sua caminhonete Triton preta até a uma área rural, entre Igarapava e Delta.
Após enterrar o corpo em uma mata, o suspeito retornou a Igarapava, depois de 50 minutos ausente. Como o veículo saiu limpo e retornou sujo, o caso levantou suspeitas.
Ao ser preso no início do mês, Cleber negou a autoria do crime, porém, ao ser interrogado novamente na segunda-feira, teria entrado em contradição e confessado ter matado e ocultado o corpo da produtora rural.
No entanto, até o final da tarde desta terça-feira, o corpo ainda não havia sido localizado.
Como foi
De acordo com a amiga Micaelly Mendes, Maria, também conhecida como Maria Nagyla, saiu de casa na noite de quinta-feira,26, e, antes de desaparecer, enviou uma mensagem para uma amiga avisando que não iria ao trabalho no dia seguinte. No entanto, três mensagens enviadas por ela foram rapidamente apagadas, levantando suspeitas.
Natural do Maranhão, Maria, que tem uma filha de 13 anos, havia se mudado para Igarapava há cerca de dois anos, após retomar o relacionamento com o ex-marido, que é de Goiás. No entanto, a relação era conturbada e, três meses atrás, o casal se separou definitivamente. Desde então, Maria passou a morar com a amiga e a filha em uma casa na cidade.
Natural do Maranhão, Maria, que tem uma filha de 13 anos, havia se mudado para Igarapava há cerca de dois anos, após retomar o relacionamento com o ex-marido, que é de Goiás. No entanto, a relação era conturbada e, três meses atrás, o casal se separou definitivamente. Desde então, Maria passou a morar com a amiga e a filha em uma casa na cidade.
“Ela já tinha relatado ameaças e agressões por parte dele. A gente tem muito medo do que pode ter acontecido”, relatou a amiga, emocionada. No domingo, 29, familiares foram até a casa do ex-marido, onde Maria teria ido pela última vez, antes de sumir, mas o portão estava fechado com um cadeado do lado de fora.
“É muito estranho tudo isso, a gente quer respostas e justiça. Ela não sumiria assim, sem avisar”, completou a amiga, pedindo que o caso seja investigado a fundo.
Segundo a polícia, Cleber teria negado qualquer aproximação da ex-companheira, porém, câmeras de monitoramento flagraram o casal em uma caminhonete Triton preta, do suspeito, além da chegada de um entregador com um fardo de cervejas que teria sido entregue ao próprio Cleber, em sua casa. Por volta de 4h50 de sexta-feira, 27, Cleber deixa o imóvel em sua caminhonete para retornar 50 minutos depois. segundo a polícia, Maria se encontrava na residência do ex durante todo este tempo.
No retorno de Cleber, o veículo apresentava sinais de sujeira. A polícia acredita que o suspeito tenha matado a mulher dentro de sua casa e desovado o corpo em alguma área rural de Igarapava.
Peritos da Polícia Científica estiveram no imóvel do suspeito horas após a comunicação do desaparecimento de Maria e observaram que a casa teria sido lavada, como se ele estivesse querendo apagar provas de algum crime.