As mulheres representam mais de 50% da população, do eleitorado brasileiro, dos mesários voluntários e também dos eleitores que comparecem às urnas nas eleições. Porém, entre os candidatos aos cargos eletivos, são a minoria.
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitorado (TSE), atualmente, apenas 45 cidades de um total de 5.568 têm mais mulheres do que homens entre seus representantes nas suas câmaras de vereadores, correspondendo a menos de 1%.
Nas prefeituras não é diferente, sendo que apenas 12% dos municípios são governados por mulheres, e apenas 4% são negras, apesar de elas representarem 28% da população.
O nordeste é a região do país com mais mulheres no comando, correspondendo a 17% (307 cidades), contra 8% no sudeste (137 cidades). Assim como no caso das vereadoras, as prefeitas se concentram em cidades menores, de modo que as últimas prefeitas eleitas em capitais foram em 2020 (Palmas-TO) e 2016 (Boa Vista-RR).
De acordo com um levantamento do Instituto Alziras, 70% das atuais prefeitas já foram eleitas para outras cargos ou ocuparam cargos de confiança anteriormente, e 43% já ocuparam Conselhos de Políticas Públicas.
Um ponto que chama a atenção é que 54% das atuais prefeitas no país, precisaram ser dirigentes partidárias para chegar ao cargo, na sua maioria como presidentes de partidos.
Em Franca não é diferente, a cidade que vai completar 200 anos nunca teve uma representante mulher, o que pode justificar a falta de investimentos na educação e promoção social, historicamente.
É possível que nas eleições municipais de 2024 sequer tenhamos uma candidata mulher concorrendo ao cargo máximo da cidade, colocando Franca como uma das cidades com menor representação feminina na política, do país.