O grupo Mulheres do Brasil deu a largada da 6ª Caminhada Pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas neste sábado, 9, em Franca. O movimento deverá se estender por várias cidades do Brasil neste sábado e domingo, 10. Mais de 200 pessoas participaram da caminhada em Franca nesta manhã.
O ápice do evento ocorreu na praça da Catedral Nossa Senhora da Conceição, no Centro, duas horas após a largada, na Casa das Mulheres do Brasil Franca, na rua Capitão Zeca de Paula, no Jardim Consolação.
Trajando camisetas laranja e exibindo faixas e cartazes com dizeres do tipo “Violência não tem vez”, “Igualdade é a meta”, “Unidas somos inseparáveis”, “ Denuncie. Não seja cúmplice do feminicídio”, os participantes demonstraram preocupação com a violência contra as mulheres e meninas que assola o Brasil.
Enquanto caminhavam na direção ao Centro alguns discursos chamaram a atenção das pessoas que acompanhavam o movimento. A empresária Luiza Helena Trajano, idealizadora do Mulheres do Brasil, destacou que “a violência contra ocorre no mundo inteiro. Não é somente a união das mulheres, mas sim de todos. A violência está muito mais perto do que imaginamos. Juntos, podemos combater”.
“O intuito é dizer não à violência contra a mulher, à violência doméstica, uma violência enraizada na sociedade que exige um combate firme. Contamos com a colaboração de todos para essa mudança de pensamento”, ressaltou a delegada Juliana Paiva, da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher.
Eliane Querino, líder do Mulheres do Brasil Franca, alertou para as estatísticas de 2022, indicando que 66% das mulheres no Brasil sofreram algum tipo de assédio no ano passado.
Também participaram da caminhada e discursaram Josieane Barbosa, do núcleo de igualdade racial do Mulheres do Brasil, Flavia Mildres, presidente adjunta do Conselho Municipal da Condição Feminina (CMFC) de Franca, e a deputada estadual Delegada Graciela (PL), que enfatizou que este sábado, é um dia especial. “É o dia de dizer chega, basta de violência contra a mulher. Defender as mulheres é minha missão de vida. Digo, com muito orgulho, que estou nesta caminhada há mais de 30 anos. Os casos de violência contra as mulheres continuam muito altos. Nosso grito precisa ser ouvido. Contem sempre comigo nesta luta. Juntas, vamos proteger as mulheres e punir os agressores”.
Representantes das policias Civil, Militar, do Corpo de Bombeiros, da equipe da DDM e da Patrulha Maria da Penha de Franca também apoiaram o evento.
Fotos/Divulgação Mulheres do Brasil