Um grupo de amigos, profissionais e deficientes visuais se uniram no início da pandemia em prol de prioridades no PNI (Plano Nacional de Imunização), e acabaram tendo ótimas ideias de inclusão.
Tudo começou com reuniões de um grupo de terapia ocupacional, coordenado pela, Terapeuta Anna Carlomagno, onde fizeram várias Lives em redes sociais com a participação de pessoas que lutam também para o inclusão de uma forma geral, mas com o objetivo específico de conseguirem estar no rol de prioritários no calendário das vacinas.
Em uma das conversas do grupo, começou então a migrar o objetivo do grupo para a inclusão, e veio a ideia de criar várias oficinas através da arte, e uma delas seria então ensinar fotografia aos deficientes visuais. De acordo com Anna Carlomagno: “É uma maneira de quebrar o paradigma preconceituoso da limitação das pessoas com deficiência, e colocar as potencialidades na frente, e não as limitações” Disse Anna.
A primeira oficina será Fotografia de Inclusão, “Olhar sem Ver”, onde um dos idealizadores, é o Fotógrafo e Cinegrafista Moises Alexandre Gomes e sua esposa Josiane Domingues Gomes, também especialista em registrar momentos e poses, são os primeiros a atuarem.
A ideia é dar dicas de como registrar uma boa cena, exposição da luz, e ensinar as potencialidades dos equipamentos atuais, desde uma câmera de última a geração, até um celular, sem limites para clicar.
O nome do projeto “Olhar sem Ver”, foi dado por um dos integrantes do grupo de nome Odair Matos.
Moises sofre com visão monocular e pré cegueira, e passou por uma cirurgia no Hospital das Clínicas em Ribeirão Preto para reverter parte seu problema. O agora monitor desse primeiro projeto ganha a vida como Fotografo profissional há muitos anos, e quer ao lado de sua esposa, compartilhar seus conhecimentos com amigos que como ele seguem dia a dia superando as limitações.
De acordo com a Terapeuta Ocupacional Anna Carlomagno, coordenadora do projeto, após essa primeira oficina, serão chamados outros parceiros. “A intenção é chamar outros como por exemplo um deficiente que tem bons conhecimentos na música, na literatura e outros.” Concluiu Anna.
A Sociedade dos Cegos de Franca fica na Rua Santa Catarina, 802, Jardim Bethânia, e desenvolve serviços voltados ao atendimento de pessoas com deficiência, tanto como Unidade Referenciada para pessoas com deficiência visual quanto Centro Dia de Referência para pessoas com qualquer tipo de deficiência.