Quase completando 1 ano da minha entrevista com o prefeito Alexandre Ferreira, trago hoje algumas lembranças a respeito do principal tema abordado nesse bate papo voltado á diversidade LGBTQIA+ e questões públicas voltadas a esta comunidade. Completando também 1 mês da votação da PL.92 (um dos projetos discutidos em seu plano de governo) que pretendia, caso aprovada, a adição da semana da diversidade na agenda oficial municipal, tal evento que já ocorre de maneira privada e sem recursos públicos, foi reprovada devido a grande pressão de grupo religioso apoiadores de alguns vereadores, mostrando assim um desalinhamento entre os poderes.
Conversamos também bastante sobre a possibilidade de uma mudança nas regras de contratação para lojas e empresas associadas aos nossos sindicatos, seja do comércio, lojistas ou de indústrias, para poderem ter uma redução fiscal em seus impostos como maneira de incentivar uma maior taxa de contratação desse público em nosso município. Nesse caso Alexandre afirmou que esta fora de cogitação e há outras maneiras de incentivar o aumento de emprego para esta comunidade, como criação e ampliação de projetos de capacitação para poderem disputar o mercado de trabalho de igual para igual com qualquer outra pessoa. Um desses projetos que podemos citar é o curso de capacitação profissional para a área da beleza, curso oferecido na Escola Champagnat e aberto a qualquer gênero.
Questionei o prefeito Alexandre Ferreira durante o bate-papo a respeito de outros temas relacionados como o atendimento nos espaços municipais a este público, as dificuldades encontradas por estas pessoas nos espaços como, por exemplo, onde é atualmente atendido o IST´S que acumula diversas reclamações por conta da precariedade nos serviços prestados inclusive nas estruturas onde são oferecidos os atendimentos.
Não pude deixar de fora também outras questões como os atendimentos a transexuais no Cadúnico e também outra que foi bastante levantada comigo antes desse encontro onde, muitas transexuais apontam que não são atendidas nestes espaços públicos, por seus nomes sociais, oque causa extremo desconforto nestas. Alexandre disse que o sistema único de cadastramento é de âmbito federal e depende que essas mudanças sejam feitas a princípio no sistema geral para que em todos os espaços possam se adequar, porém, também disse ser questão de educação tratarmos as pessoas pelos nomes que elas próprias escolham serem chamadas.
Para você rever esse bate papo, assista abaixo:
Veja algumas imagens dos bastidores desse encontro: