“Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!”
Estamos nos preparando para receber o Paráclito, o Espírito da verdade, nosso intercessor, Pai dos pobres, doador dos dons, luz dos nossos corações.
No seu discurso de despedida, Jesus consola os discípulos, apreensivos com as afirmações sobre a sua paixão: “Não se perturbe o vosso coração” (Jo 14,1). Quem não fica perturbado com as incertezas e crises da vida? As palavras de Jesus são dirigidas também a nós: não há o que temer, pois Deus nos ama e nunca nos abandona. Ele está presente com o seu Espírito, nosso companheiro inseparável, remédio para o medo e a solidão. Não se perturbar significa acreditar plenamente no amor de Cristo, não se deixar vencer pelos limites humanos e prosseguir firme na missão que nos foi confiada.
“Tendes fé em Deus, tende fé em mim também” (Jo 14, 1). A fé é um bem precioso que Deus nos concede, por essa virtude teologal acreditamos no seu amor e em tudo o que ele nos revelou e que a santa Igreja, através do seu magistério, nos propõe a crer. A fé é dom do Espírito, mas precisa ser proclamada, acolhida, aprofundada, celebrada e vivida.
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Jesus é o caminho que conduz ao Pai, é a autêntica, a perfeita revelação de Deus, por isso , é a vida plena.
As suas obras revelam a sua divindade, e quem acredita nele fará as obras que ele fez, e ainda maiores (Jo 14,12). A sua ida ao Pai torna fecunda a missão da Igreja, através dos sacramentos que nos justificam, cuja fonte, inspiração e força é o Espírito Santo.
Mesmo diante dos desafios, a comunidade cristã cresce, é necessária a partilha dos serviços na evangelização, que tem como centro o anúncio da Palavra e o cuidado com os pobres (At 6,1-7). Somos chamados a nos aproximar de Jesus Cristo, pedra viva, escolhida e honrosa aos olhos de Deus. Pelo batismo participamos da sua vida, pertencemos a ele, somos templos de Deus, sacerdócio real, nação escolhida e santa (1 Pd 2,4-9).
Minhas orações a todos.
Dom Paulo.
