Com óculos
Dois dias depois de ter dito que “Estados Unidos e Europa incentivam a guerra na Ucrânia”, o presidente Lula recuou e leu (usando óculos), declaração de recuo, afirmando que o Brasil condena a violação territorial do país pela Rússia. E isso depois de ter tido encontro com o chanceler russo Serguei Lavrov, que foi comunicado antes que tomaria essa posição. O texto foi preparado pelo chanceler brasileiro Mauro Vieira, que havia tido outra conversa com Lavrov. E foi Vieira que colocou o Brasil no bloco da ONU que pedira, há pouco tempo, a retirada das tropas russas da Ucrânia. Quem ficou mal na história foi Celso Amorim, assessor e ex-chanceler, que endossara antes a ofensiva de Lula contra EUA e Europa.
Já existentes
O governo não arrumou, de repente, R$ 3,1 bilhões para ações destinadas à segurança das escolas. A maior parte desse recurso é antecipação de valores já existentes, como o Programa Direto na Escola, que terá parcela de R$ 1,097 bilhão antecipada. Outro R$ 1,8 bilhão do programa, é relativo a anos anteriores e que estava parado, também poderá ser utilizado dessa forma. Serão usados também R$ 200 milhões do Programa de Ações Articuladas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Por enquanto, é tudo papel: resta saber quando a dinheirama será liberada.
Saia justa
Nos últimos dia, o MST invadiu fazendas em Pernambuco, uma área da Embrapa no estado e outra da Suzano no Espírito Santo, além de ocupar sedes do Incra em 12 estados. De quebra, Lula levou João Pedro Stédile, aquele que “tem um Exército”, na comitiva para a China. Todos os ministros condenam as ações do movimento planejadas pelo “Abril Vermelho”. Agora o governo está de saia justa. Aceitou apoio do MST na campanha e o MST está cobrando o apoio de volta. Só que o governo não tem apoio da população: a maioria é contra invasão de propriedade privada. Agora, não tem como se livrar do MST.
Salários robustos
Dilma Rousseff montou uma equipe de brasileiros para ajudá-la a tocar o Banco dos Brics no cotidiano da instituição e até no idioma. Entre outros, levou para Xangai o ex-diretor do BNDES, Luiz Melin; o funcionário de carreira do Ministério da Fazenda, Arthur Lacerda; o ex-presidente do BBDTVM, Aguinaldo Barbieri; e o ex-diretor do Banco do Brasil, Marco Túlio Mendonça. Detalhe: os salários são mais que robustos.