João 11,1-45 narra o último sinal de Jesus, antes de sua morte: a ressurreição de Lázaro.
Vivemos os limites da carne, constantemente seduzidos pelo pecado que tira a nossa liberdade de filhos e filhas de Deus . Como a Lázaro, o Senhor exclama com voz forte a cada um de nós: “Vem para fora!” Ele nos chama da morte à vida (Ez 37,14-14). De quantas coisas precisamos ser desatados?
No Batismo nascemos de novo, da água e do Espírito: ressurgimos para a graça de Deus e do seu amor. Somos marcados por sua unção e sua presença. Mas esse momento identificável deve se transformar em experiência pessoal, que nunca se esgota e sempre atualiza o Sacramento, que é a presença de Deus em nós mediante o seu Espirito.
A Quaresma e a Páscoa salientam de modo mais intenso o mistério pascal, que é atual na medida em que opera algo novo em nós. Esses tempos litúrgicos nos ajudam a celebrar a vida que Deus nos oferece em Jesus.
É preciso deixar-se iluminar pelo Espírito, assim experimentamos a libertação das amarras do pecado, saímos do túmulo do medo, do desânimo e da morte. Deixar-se guiar pela sua unção é orientar a existência para a plenitude, e também oferecer a vida aos irmãos.
“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais. Crês isto?” (Jo 11,25-26). Que essa afirmação e pergunta de Jesus, dirigidas à Marta, ressoem também no íntimo de cada um de nós.
Bom Domingo a todos:
Quando nos reunimos para professar a nossa fé em Jesus, o Messias, o Filho de Deus, para lembrar sua paixão e ressurreição e dar graças à Deus Pai, escutar sua Palavra e participar da Eucaristia, e assim, alimentar a nossa esperança de uma vida plena, segundo o Espírito.
Dom Paulo.
