O Natal é expressão de dois movimentos que se completam. Um da parte de Deus: ele tomou a iniciativa de se aproximar de nós no nascimento de seu Filho. A encarnação de Jesus de Nazaré revela o amor, a bondade e a misericórdia do Altíssimo por nós. Somos introduzidos na vida divina, pela ação do Espírito Santo. Ao entrar em comunhão com Jesus tornamo-nos filhos e filhas do Pai, no seu Filho Unigênito.
Como nos comportar diante de mistério tão excelso, divino e profundamente humano? Ficamos encantados com o Menino que vem para nos salvar. Fazemos silêncio, pois é no íntimo do nosso ser que descobrimos a sua presença. Superamos o medo: o Redentor vem a nós para nos redimir. O motivo de nossa alegria é saber que o Senhor nasce, e isto basta. O seu nascimento realiza a glória de Deus e suscita a atitude de louvor àquele que nos oferece a vida. Recebemos do Verbo a paz, que entra em nossos corações e se estende a todos os ambientes em que vivemos.
“O povo, que andava na escuridão, viu uma grande luz” (Is 9,1). A contemplação do Natal ilumina a nossa inteligência, nossa vontade, nossos afetos e nossas atitudes: é tempo de amar, acolher, escutar, perdoar e fazer o bem. A graça que se manifesta “nos ensina a abandonar a impiedade e as paixões mundanas e a viver neste mundo, com equilíbrio, justiça e piedade” (Tt 2,12).
O Natal nos inspira na santidade. Maria e José acolheram a salvação. Também nós podemos fazer esta experiência: “Toda a alma que possui a fé concebe e dá à luz a Palavra… o Cristo é fruto de todos” (Santo Ambrósio).
Acolhendo, celebrando e vivendo dignamente o nascimento do Menino Jesus, poderemos partilhar com os irmãos e irmãs:
Feliz Natal!
Dom Paulo.
