Em conversa com a imprensa, Rodney Miranda afirmou que polícia civil continua a realizar buscas por pessoas que deram auxílio para homem fugir da polícia.
Em conversa com a imprensa poucas horas após o anúncio da morte de Lázaro Barbosa em confronto com a polícia de Goiás nesta segunda-feira, 28, o secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que além de uma arma, foi encontrado no bolso do foragido R$ 4,4 mil em dinheiro, o que aumenta as suspeitas de que ele recebia ajuda para fugir do cerco policial e sinaliza que ele queria sair da região. “O indicativo do dinheiro no bolso, certamente, é um indicativo de que ele estava querendo sair do Estado ou até mesmo do país. Ele estava trocando de roupa mais de uma vez, mais uma prova que ele tinha uma rede que lhe acobertava. Essa questão dele querer fugir, também, patrocinado, logicamente, mostra que tinha gente não interessada na prisão dele”, afirmou. O secretário disse que a Polícia Civil continua a investigar o caso, mas apontou que o principal suspeito de ajudar o serial killer, um empresário de Goiás, que já foi preso.
Lázaro foi encontrado pela polícia em um bairro da periferia de Águas Lindas de Goiás e teria ido até o local para pedir ajuda de uma cunhada. Segundo Miranda, uma série de imagens de câmeras de segurança flagrou o suspeito circulando armado na região ainda na noite do domingo e, na manhã desta segunda, ao ser cercado por policiais, ele teria reagido e descarregado uma pistola contra os membros da força de segurança, que reagiram. O suspeito teria sido socorrido com vida, mas chegou morto no hospital. O corpo de Lázaro, que era procurado há 20 dias pelas polícias de Goiás e Distrito Federal, será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia.
Em entrevista à Jovem Pan, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, reforçou a tese de que ele tinha apoio e citou que a “segunda etapa” da investigação segue em curso com o setor de inteligência da Polícia Civil buscando por comparsas do homem. “Em um primeiro momento, desenharam como se fosse um lobo solitário, mas a história não é bem essa. Hoje já começa a decifrar todo esse tabuleiro, que mostra que houve, sim, uma grande conivência de fazendeiros e de pessoas do setor urbano. Nós queremos agora saber o porquê dessas pessoas alimentarem, esconderem e tentarem facilitar a fuga do Lázaro daquela região circunscrita pelas nossas forças de segurança. Tudo isso foi muito bem identificado pela nossa polícia”, afirmou Caiado.