Já há algum tempo um grupo de andarilhos que resolveu fazer morada do prédio da antiga Mogiana, no bairro da Estação, chama a atenção pela maneira como eles, de maneira avassaladora, vão deteriorando as estruturas, com atos de vandalismo, sem se preocuparem com qualquer sistema de vigilância implantado no local.
Portas arrancadas, telhados danificados. O cenário é de completa destruição. Na tarde de domingo, a reportagem do Fato no Ato esteve no prédio, que é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e se deparou com as cenas desanimadoras.
Até um quadro do Acervo Municipal, retratando a Estação da Mogiana, estava servindo de decoração e abrigo para os andarilhos. Em todo o quarteirão não havia um guarda municipal sequer. Pelo menos 7 a 8 pessoas se acotovelavam à procura de um espaço para dormir no local.
Reunião com comerciantes
No início do mês passado, representantes do Grupo Vizinhança Solidária da Estação, formado por 72 comerciantes, se reuniu com o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) e entregou a ele uma pauta de reivindicações para garantir maio segurança na região.
Eles solicitaram segurança diuturnamente da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar; um posto da Guarda Civil Municipal, limpeza da área e remoção das pessoas em situação de vulnerabilidade para o Centro Pop; projetos de melhoria da praça, como jardinagem, limpeza e iluminação pública; melhorias para o ponto de ônibus; e até a implantação de uma sub-prefeitura no bairro, bem como atrações na praça Sabino Loureiro para as famílias aos finais de semana.
Os comerciantes também indagaram ao Poder Público sobre uma câmera de segurança existente no cruzamento das ruas Voluntários da Franca e José de Alencar. Eles querem saber se ela está ativada e quem a coordena?
Mais de um mês depois do encontro, as perguntas continuam sem resposta. Enquanto isto, os andarilhos, moradores de rua e prostitutas seguem “tomando conta do local”, sem serem incomodados.
Fotos: Alexandre Silva