O pré-candidato ao governo do estado de São Paulo pelo PT, Fernando Haddad, chegou cedo à cidade para cumprir extensa agenda de reuniões. Professor universitário, cientista político, mestre em economia e doutor em filosofia, o ex-ministro da educação nos governos de Lula e Dilma Rousseff, participou pela manhã do Fórum de diretores na Unesp e palestrou aos estudantes, a convite de Rafael Bruxellas e do Centro Acadêmico.
O diretor da universidade, Dr. Murilo Gaspardo entregou à Haddad uma carta compromisso em relação às universidades públicas do estado, em que o candidato se compromete a promover a defesa da ciência e da liberdade acadêmica, a autonomia orçamentária e financeira das universidades, interromper e se possível reverter o processo de redução dos direitos dos servidores paulistas, dentre outras reivindicações.
Haddad ressaltou que grande parte dos pedidos da carta já estão inseridos no seu plano de governo, mas que se tiver a oportunidade protegerá as instituições de ensino ainda mais. “Se o povo de São Paulo me conceder a honra de governar esse estado, eu vou aprimorar a legislação do que diz respeito à proteção da educação, da ciência e tecnologia, porque nós estamos vendo que do ponto de vista de usos e costumes, isso não tem sido suficiente para proteger as instituições”.
“Ainda no Ministério da educação eu fiz vários programas que reindustrializaram setores importantes, no setor de carrocerias de ônibus, nós dinamizamos com o caminho da escola. Fizemos o programa ‘A Caminho da Escola’, padronizamos as carrocerias e passamos a exportar ônibus para a América do Sul, feitos no Brasil e isso aconteceu com o material escolar. Essas empresas Positivo, Multilaser, só existem por causa do MEC”, destacou o ex-ministro da educação.
O professor universitário criticou a falta de investimentos na educação pelo governo:
“A pessoa diz: eu expandi o tempo integral, mas qual é o projeto? Ficar duas horas a mais no pátio da escola? É falta de zelo, nem é gestão. Tem coisas que são bom senso, vamos respeitar o que dá certo, as evidências empíricas. Aquilo que já tá provado que funciona”.
Pesquisas apontam que o ex-prefeito de São Paulo disposta nas intenções de votos com 27%, contra 17 % do ministro Tarcísio Freitas.