O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello informou nesta terça-feira, 4, que está com suspeita de covid-19 e, por isso, não comparecerá presencialmente ao Senado para prestar depoimento aos integrantes da CPI da Covid. A fala do general está marcada para esta quarta-feira, 5.
“Ele teve contato com dois coronéis auxiliares dele nesse fim de semana que estão com covid. Segundo a informação que eu tenho, ele entrará em quarentena e não virá depor amanhã”, disse o presidente da CPI, deputado Omar Aziz (PSD-AM), no início da sessão desta terça.
Após o anúncio de Aziz, o ex-ministro foi criticado porque, até então, desconsiderava recomendações sanitárias. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) lembrou que Pazuello foi flagrado na semana passada em um shopping de Manaus sem a máscara de proteção facial. “Ele anda sem máscara e não pode vir à CPI. Vai sem máscara para o shopping e não pode vir à CPI”, reclamou a parlamentar.
O depoimento de Pazuello, que comandou a pasta de Saúde até março deste ano, é considerado um dos mais importantes pela comissão, que investiga erros e omissões do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia.
Substituído pelo médico Marcelo Queiroga, Pazuello fez acusações graves ao deixar o Ministério da Saúde, admitindo até a existência de um esquema de corrupção na pasta. Os integrantes da comissão têm na manga uma série de omissões de Pazuello, que reputam terem sido responsáveis pelo agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil.
Treinamento
O militar tem sido “treinado” pelo governo para suportar a pressão. Pazuello é um dos alvos do senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI. “Guerras se enfrentam com especialistas, sejam elas bélicas ou sanitárias. A diretriz é clara: militares nos quartéis e médicos na saúde. Quando se inverte, a morte é certa”, disse Renan.
Mandetta e Teich
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado abriu na manhã desta terça-feira, 4, a sessão em que irá ouvir o ex-ministro da Saúde da gestão Bolsonaro Luiz Henrique Mandetta (DEM). Na parte da tarde, também está programado o depoimento de Nelson Teich, que ocupou o posto após a saída de Mandetta.
Ministro da Saúde quando o novo coronavírus chegou ao Brasil, Mandetta ocupou o posto até abril do ano passado. O País tinha registrado um total de 1.924 mortes pela covid-19 quando ele saiu do governo, após um mês de intenso conflito com o presidente Jair Bolsonaro. Hoje, esse número é menor que a média diária de óbitos, acima de 2 mil. Desde o início da crise causada pela pandemia, Mandetta e o presidente se desentenderam publicamente sobre a estratégia de combate à doença.
A opção do ex-ministro de manter as orientações da pasta a favor do isolamento social enquanto o Bolsonaro já se colocava contrário a essas medidas estremeceu a relação, afetada ainda pela a defesa do presidente ao uso da cloroquina em pacientes da covid-19.
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