O empresário e cientista social Felipe D’Avila, filiado ao partido NOVO, é um dos pré-candidatos à presidência da república como proposta para a terceira via, que surge como uma opção para a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O partido NOVO acredita que ele seja a melhor opção para romper com os extremismos de direita e de esquerda, unindo os partidos de centro-direita em torno de um único candidato. D’Avila é formado pela Universidade Americana em Paris, da França, cursou mestrado em Administração Pública pela Harvard Kennedy School e fundou o Centro de Liderança Política (CLP), uma organização suprapartidária sem fins lucrativos.
Com mais de quarenta anos de trabalho no jornalismo político, publicação de nove livros e responsável pela formação de nove mil líderes, D’Avila afirma ser uma proposta diferente de todos os demais pré-candidatos que se autointitulam da terceira via para as eleições de 2022. Para ele as propostas apresentadas pelos demais são fracas e é isso que faz o populismo prosperar no Brasil, reforçando que “nosso país precisa de um rumo com definição de prioridades, porque nessa eleição interessa para o cidadão como o Brasil vai voltar a crescer, de que forma podemos gerar renda e emprego, todas as demais pautas são secundárias, não dá pra resolver a questão social se não resolver a questão da empregabilidade e da retomada do investimento.” Segundo ele falta na política a discussão de ideias, afirmando que grande parte dos políticos não terá coragem de combater o real mal do país, que é a raiz do corporativismo desse clientelismo político, todo mundo tem algum interesse ligado.
Ele explicou que decidiu se colocar à disposição do partido para concorrer ao cargo pois estamos vivendo uma democracia em risco e entendeu que ingressando na vida política neste momento, seria a melhor forma de contribuir para com o país alertando às pessoas do risco que o Brasil corre. E ainda pontuou, “eu vou ficar muito constrangido de explicar para meus filhos e netos quando me questionarem o que fiz nesse momento da história do país, ter que explicar que estava ajudando uma determinada prefeitura ou estado e eles me disserem que não fiz o suficiente, portanto é uma missão para ajudar a livrar o país do populismo e voltar a ter nossa democracia funcionando, a nossa liberdade imperando e restaurando nossas igualdades e oportunidades para fazer esse Brasil decolar.”
O pré-candidato defende que o Brasil precisa inserir uma economia global, destacando que “nenhum país ficou rico isolado do mundo, todo país que enriqueceu e gerou renda para sua população, que diminuiu a sua desigualdade social foram economias inseridas nas cadeias globais de valor, e o Brasil se afastou de todas em razão do nosso protecionismo, fazendo com que caísse a competitividade, caísse a produtividade do trabalhador, e tornando um país insignificante no comércio internacional, exceto pela exportação do agronegócio.
Sobre a possibilidade de criação de uma federação, esclareceu que o partido Novo não proíbe coligações e nem federações, porém os partidos não possuem interesse em se unir ao Novo devido ao estatuto com rigor moral, de princípios e de valores, principalmente porque não utilizam fundo partidário, que é o uso de verba pública para campanha, e completa “a meu ver, a federação é uma fusão do partido, com o fim da autonomia, é uma saída imediatista que os partidos oportunistas estão buscando para sobreviverem na política nessa eleição, e depois será o fim dos partidos.”
Quanto à polaridade presente na ideologia política nos dias atuais, o pré-candidato do NOVO defende que “qualquer guerra cultural acaba com a diversidade, já que a polarização mediante a padronização do pensamento gera o emburrecimento e a decadência de uma sociedade, além do fim da inovação da criatividade que uma sociedade precisa. É o fim da liberdade de expressão.”