Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se pronunciou oficialmente sobre o corante eritrosina, substância amplamente utilizada para dar a coloração vermelha em alimentos, medicamentos e cosméticos. O tema ganhou destaque após a proibição do uso da eritrosina pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, devido a possíveis riscos de desenvolvimento de câncer em animais.
Em nota oficial, a Anvisa esclareceu sua posição sobre o corante e a manutenção de sua autorização para uso no país. A agência informou que, embora o FDA tenha proibido o corante devido a estudos em ratos que sugerem a relação com câncer, a análise técnica da Anvisa, respaldada por entidades internacionais, conclui que a substância não oferece risco à saúde dos brasileiros.
Leia a nota oficial da Anvisa na íntegra:
“A Anvisa, em conformidade com os mais recentes estudos científicos sobre segurança alimentar e saúde pública, reitera que, até o momento, não há evidências suficientes para alterar a sua posição quanto à segurança do uso do corante eritrosina. Estudos realizados em animais de laboratório, que indicam potenciais riscos de câncer, envolvem doses que estão bem acima dos limites de exposição que a população brasileira pode ter ao consumir produtos que contenham eritrosina. Além disso, a Anvisa segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que afirmam que os níveis de exposição à eritrosina não representam risco significativo à saúde humana.” Fonte: O Globo (jan/2025)
A decisão gerou debate, especialmente porque a proibição nos Estados Unidos acendeu um alerta sobre os riscos associados ao corante. Segundo a Anvisa, as autoridades de saúde do país continuarão monitorando e revisando as permissões de uso de substâncias que possam representar riscos à saúde. A agência afirma que, caso novos estudos ou evidências indiquem perigo, as regulamentações serão reavaliadas.
Como nutricionista, acredito ser essencial analisar o impacto da exposição crônica a longo prazo, já que a eritrosina é consumida em quantidades pequenas, mas de forma recorrente, em diversos alimentos processados. Devemos considerar que a soma de pequenas exposições ao longo dos anos pode ter um efeito cumulativo que ainda não foi suficientemente explorado.
A segurança alimentar deve ser sempre priorizada, e a análise de substâncias não pode ser estática; deve-se avaliar constantemente os efeitos a longo prazo no consumo diário, especialmente em populações vulneráveis, como crianças, que são mais suscetíveis aos efeitos de substâncias químicas. Portanto, uma reavaliação mais rigorosa do uso da eritrosina poderia ser um passo importante para garantir a saúde pública a longo prazo. E você, o que pensa sobre essa questão? Deixe sua opinião nos comentários!