Coordenadora
Se a primeira-dama Janja da Silva vive se metendo nos ministérios, agora foi mais longe. A quase total coordenação do ato “Democracia Inabalada”, que marcou a passagem de um ano da tentativa de golpe no país, com autoridades dos Três Poderes, foi dela. Orientou os ministros e colocou quase todos (alguns faltaram) dizendo “Democracia” no vídeo produzido para a data. E até supervisionou material de informação de Jair Bolsonaro, em temporada em Angra dos Reis, onde tem sido visto a bordo de um jet-ski. A lista dos 500 convidados também passou por ela.
Guerra é guerra
Inconformado em ver Guilherme Boulos (PSOL) em primeiro lugar nas pesquisas à prefeitura de São Paulo, o atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes está partindo para o jogo mais pesado. Chama Boulos de “canalha” e acusa o rival de defender o ditador da Nicarágua, que “prende padres e incendeia igrejas” e que rotula Hamas de “movimento político”. Nunes ainda acusa Boulos de “usar a figura de um padre (Júlio Lancellotti) “para me atacar e se promover”.
Novo trem-pagador
Os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) avaliam aumentar a transferência de recursos do FAT (Fundo de Ampara do Trabalhador) para a Previdência com objetivo de cobrir o déficit do INSS e bancar o pagamento de aposentados e pensionistas do INSS. A medida certamente provocará atritos entre governo e lideranças sindicais com assento no Conselho do Codefat, que condenam o expediente. Essa prática começou em 2021 no governo Bolsonaro, quando Paulo Guedes tinha a seu favor o argumento da pandemia. Transferiu R$ 9,8 bilhões para o INSS que até hoje não devolveu pela União ao FAT.