Água e esgoto é uma cena trágica
Enquanto se discute modificações nos princípios básicos da lei de saneamento por decretos do governo, a trágica realidade nacional permanece inalterada: hoje 33 milhões de brasileiros ainda não têm água tratada e 100 milhões não têm coleta de esgoto. E em todo país, apenas metade do esgoto coletado é tratado, sendo despejados na natureza, todo dia, o equivalente a 5,5 mil piscinas olímpicas de dejetos sem tratamento, com consequências sobre a saúde pública e poluição dos corpos hídricos. A falta de saneamento afeta principalmente os brasileiros mais vulneráveis e Norte e Nordeste apresentam indicadores mais críticos: 43% da população da região Norte não tem acesso à água tratada e 9 entre 10 habitantes não tem coleta de esgoto; no Nordeste, apenas 30% da população tem esgoto coletado.
Em Piraí
Absolvido pelo TRF-2 de todas as acusações apresentadas pela Lava Jato e depois de ser condenado a 98 anos e 11 meses de prisão pelo juiz Marcelo Bretas em 2019 (ficou preso por um ano), o ex-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão trabalha em seu processo de reabilitação política. Já está atuando nos bastidores como consultor informal de políticos e não descarta disputar novamente a prefeitura de sua cidade natal, Piraí, no interior do Rio de Janeiro, onde voltou a morar depois de sair da prisão. E não quer nem ouvir falar em Sérgio Cabral.
Olho na imagem
O ministro Alexandre de Moraes (STF) tenta falar de futebol em eventos, fazendo piada para reduzir sua “fama de mau”. Numa reunião do grupo Lide, um empresário disse que ele era mais popular que jogador de futebol. E ele: “Mas ganho bem menos”. O outro continuou dizendo que suas “caneladas” eram “mais digitais do que reais” e que “ninguém lhe dava cartão vermelho”. Moraes não perdeu a chance: “Tentaram, mas o VAR não permitiu”.
Grandes devedores
A partir de janeiro, o Brasil passou a ter 70,1 milhões de inadimplentes, recorde na série histórica, que poderão ser ajudadas, de alguma forma, pelo programa Desenrola, ainda enrolado. Maiores devedores do país, contudo, são segmentos: a indústria deve R$ 236,5 bilhões; comércio, R$ 163,5 bilhões; sistema financeiro (!) R$ 89,3 bi; empresas de mídia, R$ 10,8 bi; educação, R$ 10,5 bilhões; e extrativismo, outros R$ 44,1 bilhões.