Na cola
Pensando na campanha de reeleição para a prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes tem andado colado ao governador Tarcísio de Freitas. Em alguns eventos, não é reconhecido: as pesquisas dizem que 60% dos paulistanos não sabem seu nome. Mesmo assim, ele aposta, com o apoio de Tarcísio e mais sete partidos com os quais já estaria acertado, que conseguirá derrotar Guilherme Boulos (PSOL). Especialistas em marketing eleitoral argumentam que Nunes não tem carisma e que seus discursos não empolgam. Agora procura um slogan inspirador.
Avesso do avesso
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, estava exagerando nos ataques ao presidente do Banco Central e à possibilidade de aumento dos combustíveis e Lula resolveu lhe telefonar. Antes de mais nada, ele enfrentou: “Ué, não posso falar o que estou pensando?”. E presidente: “Pode, desde que não me atrapalhe”. Enquanto isso, amigos de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, apostam que Gleisi está blefando. Dizem que os petistas querem que ele permaneça para ser responsabilizado pelo que der errado.
Retrato
Um dos maiores exemplos de desperdício público no Brasil é o custo do Congresso Nacional. Cada um dos 513 deputados tem direito a 20 assessores. Já os 81 senadores, por sua vez, podem contratar 60 assessores cada. São 25 mil pessoas trabalhando no Congresso a um custo total de R$ 11 milhões por ano (ou 30 milhões por dia). Segundo a BBC, é o segundo mais caro Parlamento do planeta. E todos têm direito a R$80 mil de auxílio para mudanças (RS 40 mil por finalizar a R$ 40 para iniciar seu mandato.
Delírio puro
Na semana passada, Jair Bolsonaro, que está em Orlando desde 30 de dezembro (agora, já avisou que vai esticar mais tempo lá, além de março), telefonou para alguns parlamentares aliados para pedir empenho na criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobe atos golpistas de 8 de janeiro. Aliados do ex-presidente querem usar o colegiado para tentar buscar provas de que o governo Lula teria conhecimento dos riscos golpistas e que teria permitido sua realização para acabar com o acampamento em frente ao Exército. Alguns acham que poderiam até pedir o impeachment de Lula.