O mercado funerário brasileiro está passando por um momento de transformação. Mais do que prestar serviços após o falecimento, as funerárias estão assumindo um papel ativo no planejamento antecipado das despedidas, oferecendo desde cerimônias personalizadas até suporte emocional para famílias.
Segundo Vinicius Chaves de Mello, CEO do Grupo Riopae, que atua há 30 anos no segmento do luto, trata-se de um novo olhar sobre o “death care”.
“As funerárias evoluíram de um papel essencialmente reativo para um posicionamento proativo”, afirma Mello. “Hoje, é possível escolher o tipo de cerimônia (cremação, sepultamento ou velório) e definir detalhes do ritual e homenagens”, por exemplo”, explica.
Ele destaca que atualmente também é possível garantir o respeito às crenças e vontades do ente querido e organizar a parte financeira com antecedência. “As famílias perceberam que planejar com antecedência evita decisões tomadas sob forte emoção e permite homenagens mais significativas”, explica Mello.
Por que planejar com antecedência?
Para o CEO do Grupo Riopae, a decisão de fazer o planejamento de uma despedida com antecedência pode ser positivo por uma série de motivos, a começar pelo benefício emocional: “O planejamento reduz o estresse dos familiares no momento da perda”, explica.
Além disso, prossegue, o planejamento com antecedência pode possibilitar uma vantagem financeira com o parcelamento e custos controlados “A personalização é outro diferencial, com a celebração de cerimônias que refletem a história de vida do ente querido”, emenda.
Setor tem expectativas positivas
O mercado funerário e de serviços funerários foi avaliado em US$ 62,23 bilhões (R$ 352,60 bilhões) em 2023, conforme dados veiculados pela King’s Research. O setor deve chegar a US$ 93,05 bilhões (R$ 527,23 bilhões) até 2031, exibindo um CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta) de 5,24% ao longo do período de previsão.
No Brasil, a conscientização sobre planejamento funerário tem impulsionado o segmento, que tem uma receita de aproximadamente R$ 13 bilhões ao ano, conforme um balanço realizado pela Zurik Advisors, a pedido do Sincep (Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil) e repercutido pela InfoMoney.
Superando tabus
Apesar dos avanços, o tabu sobre a morte ainda é um desafio. “Superá-lo requer iniciativas educativas e conversas abertas sobre a naturalidade da morte como parte da vida”, destaca o CEO da Riopae. Para Mello, o serviço humanizado deve vir em primeiro lugar. Pensando nisso, cada vez mais, as funerárias têm investido em treinamento de equipes para atendimento empático.
“Cada dia mais, as empresas do setor têm valorizado a transparência na comunicação sobre planos e custos e o apoio psicológico antes e após o falecimento”, destaca. “Planejar antecipadamente é um ato de cuidado e amor por quem fica”, finaliza Mello.
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