A tecnologia, cada vez mais, faz parte da vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Contudo, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos, combinado com a falta de proteção aos olhos, pode acarretar um problema cada vez mais comum: a fadiga visual.
Um levantamento realizado pela plataforma Electronics Hub, com base na pesquisa Global Overview Report, de 2023, mostra que os brasileiros passam, em média, nove horas em frente às telas ou 56,6% das horas acordadas. Já a Sociedade Brasileira de Oftalmologia destaca que cerca de 90% das pessoas que permanecem por mais de três horas em frente a computadores, tablets e smartphones, desenvolvem Síndrome Visual Relacionada a Computadores (SVRC).
De acordo com o Dr. Nirley Arataque, médico responsável pelo Laboratório Teuto, os sintomas mais comuns da fadiga ocular são: cansaço ocular, dor de cabeça, visão turva, secura e lacrimejamento. “Utilizamos telas em diversas tarefas diárias, para trabalho, leitura, entretenimento e, com o tempo, isso acaba gerando uma sensação de cansaço ocular”, explica.
Segundo ele, agir de forma preventiva pode não só melhorar o conforto no dia a dia, mas também evitar possíveis doenças. “É essencial buscar, pelo menos uma vez por ano, a avaliação de um especialista. Verificar a pressão ocular ou se há alguma lesão do nervo óptico, por exemplo. Quanto mais previamente atuamos, mais precocemente o paciente consegue tratar de forma mais efetiva”, destaca o Dr. Nirley.
Para aqueles que precisam das telas digitais para trabalhar e estudar durante várias horas, o médico orienta a realizarem um “descanso” a cada 50 minutos de uso contínuo. “Se levante, beba água, mude de posição, tarefas repetitivas podem gerar novos problemas, como dores musculares e postura errada”, alerta.
