Segundo o documento “Aesthetic/Cosmetic Procedures performed in 2023” publicado pela International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), em 2023 foram registrados 3.381.551 procedimentos estéticos não cirúrgicos no Brasil, sendo o rejuvenescimento facial responsável por 74.973 deles. O país ocupa a terceira posição global nesse tipo de tratamento, atrás apenas dos Estados Unidos e Índia, e o rejuvenescimento facial só perde em volume para os procedimentos injetáveis.
Essa crescente demanda tem impulsionado o interesse por tecnologias como o ultrassom microfocado, cada vez mais presente nas clínicas de estética. Celebridades como Grazi Massafera, Letícia Spiller, Bruna Griphao e Neymar estão entre os que recorrem ao método, utilizado para promover o rejuvenescimento facial e tratar a flacidez cutânea.
O que é e como funciona o Ultrassom Microfocado?
De acordo com Dra. Patrícia Brassolatti, fisioterapeuta, doutora em Biotecnologia e especialista em fisiologia tecidual, o ultrassom microfocado é uma tecnologia que atua de maneira precisa em diferentes camadas da pele, gerando microlesões térmicas que estimulam a produção de colágeno e melhoram a estrutura do tecido. “A tecnologia atinge desde a derme superficial até o sistema músculo aponeurótico (SMAS), o que permite resultados que vão além do efeito superficial”, afirma.
Ela complementa que esse efeito em camadas mais profundas viabiliza o uso de protocolos como o tratamento full face, abordagem que busca tratar toda a face em uma única sessão. “Com isso, é possível promover um efeito lifting global e progressivo. O calor gerado pelo ultrassom contribui para a melhora do contorno facial, firmeza e redução de rugas, sem a necessidade de intervenções invasivas”, conclui.
Resultados clínicos observados em pesquisa recente
Publicado em março de 2025 no periódico científico International Journal of Advanced Research (IJAR), o artigo “Avanços no uso do ultrassom microfocado para rejuvenescimento facial” apresentou os resultados de um estudo de caso conduzido com o Visage, Ultrassom Microfocado HIFU. A pesquisa utilizou ponteiras específicas para atingir diferentes camadas da pele, desde a derme superficial até o sistema músculo aponeurótico (SMAS), promovendo estímulo de colágeno e reorganização tecidual. Os dados apontaram melhora da firmeza da pele, redução de rugas e suavização de linhas de expressão após apenas uma sessão, além de conforto relatado pela paciente durante a aplicação.
Segundo Fabiele Chieregato, especialista em Estética e Cosmética e Doutoranda em Engenharia Biomédica e envolvida no desenvolvimento do equipamento, o Visage foi projetado para atender às necessidades clínicas com recursos que tragam usabilidade e precisão técnica. “Ele é um Ultrassom Microfocado HIFU portátil, com 4 aplicadores que permitem trabalhar em diferentes profundidades. A tecnologia foi pensada para entregar resultados eficazes sem a necessidade de cartuchos ou limites de disparos, tornando-o mais acessível para o profissional”, explica.
O uso combinado de tecnologias, como a radiofrequência, pode potencializar os efeitos do ultrassom microfocado. A associação dessas tecnologias tem sido explorada em contextos clínicos e profissionais, como discutido no texto do blog “Radiofrequência e Ultrassom Microfocado: A Combinação Perfeita para Resultados Avançados”. Já os profissionais que desejam compreender todos os aspectos da técnica podem consultar o “Guia Completo sobre Ultrassom Microfocado” publicado pela IBRAMED.
Com base em dados científicos e aplicações clínicas, o ultrassom microfocado segue como uma das principais tendências para tratamentos estéticos não invasivos, reunindo recursos que aliam eficácia e segurança em procedimentos de rejuvenescimento facial.