Um vereador de Restinga se afastou do cargo legislativo para assumir função comissionada na administração municipal. Gisnésio Lopes Nazaré(MDB), eleito para representar a população na Câmara, foi nomeado pelo prefeito Felipe Talvani Sontini como Diretor de Gabinete e Gestão, conforme publicado no Diário Oficial do Município no dia 19 de março de 2025.
A decisão gerou polêmica entre moradores e eleitores, que consideram a atitude uma traição à confiança depositada nas urnas. Durante sua campanha e atuação na Câmara, o então parlamentar discursava sobre transparência, ética e combate a privilégios. No entanto, ao abdicar, mesmo que temporariamente do mandato para ocupar um cargo de livre nomeação e exoneração pelo chefe do Executivo, ele foi acusado de agir por interesses próprios.

Críticos apontam que essa movimentação reforça a descrença na política e levanta questionamentos sobre o real compromisso dos eleitos com a população. “Ele foi eleito para fiscalizar a prefeitura, não para fazer parte dela”, comentou um morador em um grupo de discussões na internet.

O caso também reacende o debate sobre o uso de mandatos parlamentares como trampolim para cargos administrativos, uma prática que, apesar de legal, é frequentemente criticada. Enquanto isso, a vaga deixada na Câmara será ocupada pelo suplente do partido de Gisnésio Lopes Nazaré.
A reportagem tentou contato com o parlamentar e a Prefeitura de Restinga para comentar a nomeação, mas ainda não obteve retorno.