Por 7 votos a 2, a Câmara Municipal de Ribeirão Corrente cassou o mandato do vereador Carlos Adriano Miranda, o “Carlim Miranda” (PL), na tarde desta quinta-feira, 16. A sessão extraordinária teve início às 7h30 e terminou por volta de 15h50, com a decisão dos vereadores. Miranda foi cassado por quebra de decoro parlamentar e denunciação caluniosa. Apenas Sirlene Jardim, presidente da própria CP, e Fued Salomão Neto, suplente de Carlim, votaram contra a cassação.
Miranda era o último dos parlamentares oposicionistas à Administração de Ribeirão Corrente. Outros dois vereadores que faziam parte da bancada de oposição foram cassados no ano passado. São eles, Nelson Moraes e José Carlos Mineiro.
A denúncia contra Carlim Miranda partiu do ex-prefeito e marido da atual prefeita Aninha Montanher (MDB), Airton Montanher, que ocupa o cargo de secretário administrativo na Prefeitura de Ribeirão Corrente, o que aliás, motivou questionamento sobre nepotismo ao MP (Ministério Público) por parte de Carlim Miranda, Nelsinho Moraes e José Carlos Mineiro. “ O MP entendeu que não houve nepotismo e, com base nisso, o marido da atual prefeita entendeu sofrer denúncia caluniosa. Com isso, ele fez a representação imputando a mim quebra de decoro parlamentar”, disse Carlim Miranda, em entrevista ao “Programa do Dedão”, na rádio FNT, na segunda-feira, 25 de março, um dia antes da Comissão Processante se reunir e formalizar a denúncia.
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Segundo vereador mais votado na cidade em 2020, com 246 votos, Carlim Miranda alega ter sofrido perseguição política pelo simples fato de ser da oposição.
“Seguimos de cabeça erguida, com a sensação de dever cumprido, fazendo nosso trabalho e o papel do vereador, uma das atribuições ao vereador é fiscalizar e, isso nós fizemos. Tanto eu como nossos dois colegas (Nelson Moraes e José Carlos Mineiro) que tiveram seus mandatos extintos, mas, infelizmente, aqui em Ribeirão Corrente parece que não pode haver oposição, tempos sombrios, tempos difíceis, século 21 mas semelhantes à era do coronelismo, ditadura, do poder totalitário (…) vamos recorrer na Justiça e, mesmo que eu perca na Justiça seguiremos de cabeça erguida, com a certeza de que fizemos sempre o melhor, sem conchavos, de maneira imparcial, sem interesses próprios, enfim, nada como um dia após o outro”, disse Carlim ao “Programa do Dedão” nesta quinta-feira. OUÇA: